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Mercado aguarda proposta alternativa para dívidas da Cesp

O governo brasileiro trabalha numa nova proposta de renegociação das dívidas da Companhia Energética de São Paulo (Cesp) com investidores internacionais, segundo divulgou hoje (11/04) o jornal americano The Wall Street Journal. De acordo com o jornal, o novo plano tenta salvar a companhia da iminente inadimplência. A Cesp tenta reescalonar o pagamento de uma […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

O governo brasileiro trabalha numa nova proposta de renegociação das dívidas da Companhia Energética de São Paulo (Cesp) com investidores internacionais, segundo divulgou hoje (11/04) o jornal americano The Wall Street Journal. De acordo com o jornal, o novo plano tenta salvar a companhia da iminente inadimplência. A Cesp tenta reescalonar o pagamento de uma dívida de 663 milhões de dólares, ou cerca de 2,1 bilhões de reais, que vence em 9 de maio.

A agência de classificação de risco Standard & Poor s (S&P) aguarda o encerramento das negociações para alterar a classificação de crédito da Cesp. A tendência é que a companhia seja declarada inadimplente, ainda que consiga rolar o vencimento. Na nossa avaliação, está em andamento uma negociação forçada , diz Milena Zaniboni, diretora de ratings corporativos da S&P. Como o controlador da Cesp é o governo do estado, o não-pagamento da dívida repercutirá negativamente para o Brasil. O mercado sempre esperou que o governo fizesse um aporte de capital para dar fôlego à empresa.

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As negociações, conduzidas pelo banco de investimentos americano JP Morgan, deveriam ter se encerrado em reunião realizada na segunda-feira passada (7/04). Por falta de quórum, porém, elas foram estendidas até 23 de abril, quando deve ocorrer novo encontro. A proposta do governo do estado de São Paulo, controlador da Cesp, é pagar 20% do débito e renegociar o restante. Tanto o governo de São Paulo quanto o JP Morgan preferem não comentar as informações divulgadas pela imprensa americana.

O advogado Antonio Carlos Sodré, do escritório Demarest & Almeida, especialista no setor de energia, participou do processo de privatização e reestruturação de estatais nos final dos anos 90 e não acredita em socorro financeiro do governo: Continuar alongando é protelar um problema. O ideal seria o governo de São Paulo assumir a existência do prejuízo e, numa atitude corajosa, vender os ativos de geração se não para o setor privado, para organismos públicos . Cerca de 60% da dívida de 12 bilhões de reais da Cesp foram contraídas com instituições públicas: 2,1 bilhões de reais com o BNDES, 1,79 bilhão de reais com o Banco do Brasil e 112 milhões de reais com a Eletrobrás.

AES

Terminou às 18h desta segunda-feira (14/4) o prazo para os credores aderirem a mais uma renegociação da AES Trangás, holding cujos únicos ativos são as ações preferenciais da Eletropaulo. A proposta da empresa foi transferir o pagamento de um lote de ações que vence nesta terça-feira (15/04) para 15 de outubro. Foi a segunda negociação proposta pela AES para os mesmos papéis. Operação idêntica foi apresentada pela companhia em fevereiro, mas o pagamento acabou adiado para abril.

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