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McDonald;s Brasil cresce 6,25% e fatura R$ 1,7 bi em 2002

Previsão para o próximo ano é crescer até 3% acima da inflação

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

Apesar das turbulências de 2002, entre elas a desvalorização cambial, o aumento de custos e a queda de poder aquisitivo da população, o McDonalds está fechando o balanço com um crescimento de 6,25%, superior à meta de 5% que seus excutivos haviam estabelecido para este ano. As receitas brutas da rede de restaurantes somaram 1,7 bilhão de reais, contra 1,6 bilhão em 2001.

"Mantivemos uma boa rentabilidade e continuamos gerando empregos", diz Marcel Fleischmann, presidente da subsidiária brasileira do McDonalds. "É em épocas de baixa que mostramos nosso diferencial." Para 2003 as previsões de Fleischmann são: incrementar em 5% a freqüência de consumidores às lojas (hoje da ordem de 1,5 milhão por dia) e aumentar o faturamento de 2% a 3% acima da inflação. Com seu faturamento atual, a subsidiária ocupa a oitava posição -- já foi a sexta do mundo, antes da desvalorização do real -- no grupo, presente em 119 países.

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O McDonalds do Brasil encerra o ano com 1 212 pontos-de-venda, dos quais 582 restaurantes e 630 quiosques, além de um McMóvel e 30 McCafés. Está presente em 128 cidades de 21 estados e do Distrito Federal. O plano de Fleischmann para 2003 inclui o investimento de 50 milhões de reais em expansão da rede, com a abertura de mais 15 a 20 restaurantes. O investimento em propaganda e promoção no ponto-de-venda deve se situar entre 45 milhões e 50 milhões de reais, com crescimento de 10% sobre a verba deste ano.

Fleischmann destaca que em 2002, como nos dois anos anteriores, desde a desvalorização do real, a empresa teve de fazer esforços de inovação e de aumento da eficiência para compensar a queda de poder de compra dos consumidores coincidente com o aumento dos custos. "Cerca de dois terços dos nossos clientes são da classe B, a que mais foi afetada pela queda de renda", diz ele. Para enfrentar essa situação a rede procurou aumentar sua base com novos produtos, mais acessíveis a consumidores de baixa renda, aumento da acessibilidade, estendendo o horário de alguns restaurantes (até mesmo para 24 horas por dia) e novos serviços, como a McEntrega e o McInternet, para os pedidos de quem não quer sair de casa ou do escritório. Algumas dessas soluções estão sendo adotadas em outros países e analisadas pela matriz americana. "Tenho ido constantemente a Chicago mostrar nossas inovações", diz Fleischmann. Ao mesmo tempo, as negociações com fornecedores possibilitaram promoções de preços em horários e dias específicos, como o "Barato da Tarde", com reduções de até 51% em 15 produtos, das 15 às 16 horas, de segunda a sexta-feira.

Segundo Fleischmann, no período pós-Real, a rede aumentou sua tabela em pouco mais de 78%, enquanto o IGP-DI acumulado desde julho de 1994 até novembro último foi de 191% e o IPC ultrapassou 116%.

No plano dos custos, condimentos importados foram substituídos por fabricação local e linhas de financiamento externas deixaram de ser utilizadas. Como resultado, a parcela dos custos atrelada ao dólar foi reduzida de 35% em janeiro de 1999 para 11% atualmente. Também nessa área algumas soluções encontradas estão servindo de modelo no grupo. O corte de gastos com energia obtido após o racionamento do ano passado foi de 27%. Agora, as medidas tomadas no Brasil poderão servir de exemplo para amenizar o problema do McDonalds na Califórnia.

Nos Estados Unidos

Em Chicago, o McDonalds anunciou nesta terça-feira que vai registrar o primeiro prejuízo da sua história no último trimestre deste ano. A maior cadeia de fast-food no mundo luta para recuperar os negócios nos Estados Unidos enquanto reduz operações em alguns mercados externos.

Incluindo os custos de uma recém-anunciada restruturação, em torno de 390 milhões de dólares, a empresa espera ter um prejuízo em torno de 5 a 6 centavos de dólar por ação no quarto trimestre. Sem esses itens extraordinários, a companhia espera lucrar 25 ou 26 centavos de dólar por ação --abaixo das expectativas dos analistas.

O mais preocupante, segundo analistas, é que as vendas no quarto trimestre estão caindo. As vendas das unidades abertas há pelo menos um ano nos Estados Unidos caíram 1,3 por cento no bimestre que terminou em 30 de novembro e 1,5 por cento nos primeiros 11 meses do ano.

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