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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.
A Marcopolo anunciou, na segunda-feira (24/08), o enceramento das operações em sua fábrica na cidade de Coimbra, em Portugal, primeira unidade da companhia no exterior. Só os serviços de assistência técnica e pós-venda serão mantidos em Portugal. A empresa ainda avalia como vai atender a demanda europeia.
Na visão dos analistas da corretora Ativa, a Marcopolo deve atender os clientes europeus a partir de sua unidade no Egito, que entrará em operação em janeiro de 2010. O processo deve ter impacto positivo para a companhia pois a fábrica em Portugal era pequena e sem escala suficiente para ser competitiva. No primeiro semestre de 2009, foram produzidas na unidade de Coimbra 54 carrocerias, contra 90 produzidas no mesmo período em 2008. Em 2008 a unidade de Coimbra fabricou 165 ônibus, ou 0,8% da produção da Marcopolo.
De acordo com a corretora, com a entrada em operação da unidade fabril no Egito, país que tem custos de produção menores que o europeu, a Marcopolo conseguirá atender a Europa de forma mais competitiva, obtendo melhores margens.
As ações da Marcopolo (POMO4) fecharam o dia em queda de 0,54%, a 5,53 reais, enquanto o Ibovespa encerrou o pregão em alta de 0,60%, aos 57.765 pontos.
Crise
Com a queda de demanda, intensificada com a crise internacional, a Marcopolo trabalha com alta ociosidade em algumas unidades e, em janeiro, já havia fechado uma fábrica na Rússia.
Também na segunda-feira, a Marcopolo anunciou que formará uma joint-venture com a companhia egípcia GB Auto, para a montagem e comercialização dos modelos de ônibus das duas empresas no Egito. A nova fábrica ficará localizada em Suez e terá gestão compartilhada pelas duas empresas.
A GB Buses, como será chamada a nova empresa, vai consumir um investimento de 50 milhões de dólares, aplicados em até três anos. A Marcopolo passará a deter 49% do capital da nova empresa e a GB Auto, 51%.