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Mais uma varejista, a Barred’s, pede recuperação judicial

Esse ano, a Bmart, de lojas de brinquedos e o grupo GEP, dono da Cori e Luigi Bertolli já entraram com esse recurso jurídico para renegociar suas dívidas

Loja de roupas da Barred's que pediu recuperação judicial: empresa tem 104,2 milhões de reais em dívidas (Divulgação/Facebook oficial)

Karin Salomão

Publicado em 4 de março de 2016 às 14h23.

São Paulo - A Barred’s é a varejista mais recente a pedir recuperação judicial . Ela entrou o pedido ontem, 3, na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais no Foro Central Cível, em São Paulo.

Com 118 lojas e 578 funcionários, a rede de lojas de moda acumula 104,2 milhões de reais em dívidas. Entre os cerca de 330 credores, a maioria são shoppings centers. A rede tem dívidas , ainda, com bancos e fornecedores e há 340 mil reais em dívidas trabalhistas.

A primeira loja foi aberta em 2006 e, a partir de 2008, a companhia também passou a fabricar suas próprias roupas em duas unidades, Cuiabá e São Paulo. Segundo o Valor Econômico, o faturamento da rede é de cerca de 90 milhões de reais.

Para Jonathan Saragossa, da firma de advocacia Nicola, Saragossa e Campos e que representa a Barred’s, a queda no consumo foi um dos problemas que abalaram a empresa, tanto pela crise interna quanto pela concorrência com produtos importados, principalmente da China.

“Por conta da situação da economia brasileira, o consumo caiu muito. No entanto, os custos fixos, principalmente aluguéis de shopping, se mantiveram”, disse o advogado, em entrevista a EXAME.com. Isso acabou gerando descompasso entre receitas e despesas.

A empresa vinha pagando juros altos pelos empréstimos que foram feitos de bancos nos anos anteriores. “Ela não conseguia fazer frente às suas obrigações de curto prazo com seus fornecedores”, afirmou Saragossa.

Outra dificuldade da Barred’s foi o fim de um contrato de empréstimo que havia sido feito com o Bradesco. Quando um credor pediu a falência da Barred’s, o Bradesco liquidou um contrato. “A empresa estava contando com esse dinheiro e ficou sem chão, sem fluxo de caixa”, disse.

Outros casos

Ela não é a única varejista a pedir recuperação judicial. Esse ano, a Bmart, de lojas de brinquedos e o grupo GEP, dono da Cori e Luigi Bertolli entraram com esse recurso jurídico para se reorganizar e renegociar suas dívidas.

A Bombril irá entrar com um novo pedido para se recuperar e a Justiça decretou a falência da fabricante de eletrodomésticos Mabe.
Em janeiro, o número de pedidos subiu 29,7%, segundo dados da Serasa Experian.

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Com 118 lojas e 578 funcionários, a rede de lojas de moda acumula 104,2 milhões de reais em dívidas. Entre os cerca de 330 credores, a maioria são shoppings centers. A rede tem dívidas , ainda, com bancos e fornecedores e há 340 mil reais em dívidas trabalhistas.

A primeira loja foi aberta em 2006 e, a partir de 2008, a companhia também passou a fabricar suas próprias roupas em duas unidades, Cuiabá e São Paulo. Segundo o Valor Econômico, o faturamento da rede é de cerca de 90 milhões de reais.

Para Jonathan Saragossa, da firma de advocacia Nicola, Saragossa e Campos e que representa a Barred’s, a queda no consumo foi um dos problemas que abalaram a empresa, tanto pela crise interna quanto pela concorrência com produtos importados, principalmente da China.

“Por conta da situação da economia brasileira, o consumo caiu muito. No entanto, os custos fixos, principalmente aluguéis de shopping, se mantiveram”, disse o advogado, em entrevista a EXAME.com. Isso acabou gerando descompasso entre receitas e despesas.

A empresa vinha pagando juros altos pelos empréstimos que foram feitos de bancos nos anos anteriores. “Ela não conseguia fazer frente às suas obrigações de curto prazo com seus fornecedores”, afirmou Saragossa.

Outra dificuldade da Barred’s foi o fim de um contrato de empréstimo que havia sido feito com o Bradesco. Quando um credor pediu a falência da Barred’s, o Bradesco liquidou um contrato. “A empresa estava contando com esse dinheiro e ficou sem chão, sem fluxo de caixa”, disse.

Outros casos

Ela não é a única varejista a pedir recuperação judicial. Esse ano, a Bmart, de lojas de brinquedos e o grupo GEP, dono da Cori e Luigi Bertolli entraram com esse recurso jurídico para se reorganizar e renegociar suas dívidas.

A Bombril irá entrar com um novo pedido para se recuperar e a Justiça decretou a falência da fabricante de eletrodomésticos Mabe.
Em janeiro, o número de pedidos subiu 29,7%, segundo dados da Serasa Experian.

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