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Lucro do Bradesco no 1º tri sobe contido por provisões

O segundo maior banco privado do Brasil registrou lucro líquido de 2,793 bilhões de reais no primeiro trimestre, crescimento de 3,4 por cento ante igual período de 2011

O Bradesco fechou o trimestre com ativos totais de 789,55 bilhões de reais, alta de 17 por cento em 12 meses (DIVULGACAO)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2012 às 11h33.

São Paulo - O Bradesco encerrou o primeiro trimestre com lucro ligeiramente maior que o registrado um ano antes e um pouco abaixo do esperado pelo mercado, contido por crescimento da inadimplência para o maior nível em quase dois anos.

O segundo maior banco privado do Brasil registrou lucro líquido de 2,793 bilhões de reais no primeiro trimestre, crescimento de 3,4 por cento ante igual período de 2011. Sobre os três últimos meses do ano passado, houve crescimento de 2,5 por cento.

Analistas consultados pela Reuters esperavam lucro líquido de primeiro trimestre de 2,853 bilhões de reais, em meio a um crescimento lento da economia no período e expectativa de aumento de despesas maiores com provisões pelo setor.

A expansão contida do lucro ocorreu em meio a um aumento anual de 20 por cento na provisão do primeiro trimestre para dívidas de difícil recuperação, para 20,12 bilhões de reais, que veio num ritmo mais forte que a expansão de 14,6 por cento na carteira de crédito.

Segundo balanço do banco, o aumento nas provisões ocorreu com um índice de inadimplência de operações vencidas há mais de 90 dias de 4,1 por cento no trimestre passado, maior patamar desde pelo menos os 4 por cento de junho de 2010. Um ano antes o indicador foi de 3,6 por cento, crescendo desde então.

O maior índice de inadimplência foi registrado na carteira de pessoa física, de 6,2 por cento, que vem subindo desde o primeiro trimestre de 2011, enquanto a carteira de micro e pequenas e médias empresas registrou 4,2 por cento, em expansão desde o quarto trimestre de 2010.

Os resultados foram divulgados pouco depois que o governo lançou uma ofensiva para reduzir o spread bancário, com Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal iniciando movimento de corte acentuado nos juros, seguido por iniciativas dos bancos privados este mês.

O balanço do Bradesco, o primeiro para o período entre os maiores bancos do país, pode reduzir expectativas de recuperação para as ações do setor, que acumulou desvalorização de cerca de 20 por cento no ano passado.


Recuo de rentabilidade

O Bradesco teve índice de retorno sobre patrimônio líquido médio anualizado, indicador da rentabilidade de um banco, recuando de 24,2 por cento no primeiro trimestre do ano passado para 21,4 nos três meses até março.

A carteira de crédito do banco fechou o trimestre passado em 350,83 bilhões de reais, impulsionada por incrementos de 17 por cento nos empréstimos à pessoa jurídica e de 9,4 por cento para pessoa física. A instituição manteve no balanço expectativa de crescimento da carteira de 18 a 22 por cento em 2012.

A margem financeira de crédito líquida, ou o quanto o banco consegue de lucro com empréstimos, caiu 9,2 por cento sobre o quarto trimestre, para 4,087 bilhões de reais, na primeira queda trimestral em três anos. Na comparação com o primeiro trimestre de 2011 houve alta de 7 por cento.

Enquanto isso, as receitas com prestação de serviço tiveram leve incremento de 0,8 por cento sobre os três meses encerrados em dezembro e de 17 por cento na comparação anual, para 4,118 bilhões de reais.

Despesas do banco com administração e pessoal recuaram 8 por cento na comparação trimestral e cresceram 12,6 por cento sobre o primeiro trimestre de 2011, para 6,28 bilhões de reais.

O Bradesco fechou o trimestre com ativos totais de 789,55 bilhões de reais, alta de 17 por cento em 12 meses.

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São Paulo - O Bradesco encerrou o primeiro trimestre com lucro ligeiramente maior que o registrado um ano antes e um pouco abaixo do esperado pelo mercado, contido por crescimento da inadimplência para o maior nível em quase dois anos.

O segundo maior banco privado do Brasil registrou lucro líquido de 2,793 bilhões de reais no primeiro trimestre, crescimento de 3,4 por cento ante igual período de 2011. Sobre os três últimos meses do ano passado, houve crescimento de 2,5 por cento.

Analistas consultados pela Reuters esperavam lucro líquido de primeiro trimestre de 2,853 bilhões de reais, em meio a um crescimento lento da economia no período e expectativa de aumento de despesas maiores com provisões pelo setor.

A expansão contida do lucro ocorreu em meio a um aumento anual de 20 por cento na provisão do primeiro trimestre para dívidas de difícil recuperação, para 20,12 bilhões de reais, que veio num ritmo mais forte que a expansão de 14,6 por cento na carteira de crédito.

Segundo balanço do banco, o aumento nas provisões ocorreu com um índice de inadimplência de operações vencidas há mais de 90 dias de 4,1 por cento no trimestre passado, maior patamar desde pelo menos os 4 por cento de junho de 2010. Um ano antes o indicador foi de 3,6 por cento, crescendo desde então.

O maior índice de inadimplência foi registrado na carteira de pessoa física, de 6,2 por cento, que vem subindo desde o primeiro trimestre de 2011, enquanto a carteira de micro e pequenas e médias empresas registrou 4,2 por cento, em expansão desde o quarto trimestre de 2010.

Os resultados foram divulgados pouco depois que o governo lançou uma ofensiva para reduzir o spread bancário, com Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal iniciando movimento de corte acentuado nos juros, seguido por iniciativas dos bancos privados este mês.

O balanço do Bradesco, o primeiro para o período entre os maiores bancos do país, pode reduzir expectativas de recuperação para as ações do setor, que acumulou desvalorização de cerca de 20 por cento no ano passado.


Recuo de rentabilidade

O Bradesco teve índice de retorno sobre patrimônio líquido médio anualizado, indicador da rentabilidade de um banco, recuando de 24,2 por cento no primeiro trimestre do ano passado para 21,4 nos três meses até março.

A carteira de crédito do banco fechou o trimestre passado em 350,83 bilhões de reais, impulsionada por incrementos de 17 por cento nos empréstimos à pessoa jurídica e de 9,4 por cento para pessoa física. A instituição manteve no balanço expectativa de crescimento da carteira de 18 a 22 por cento em 2012.

A margem financeira de crédito líquida, ou o quanto o banco consegue de lucro com empréstimos, caiu 9,2 por cento sobre o quarto trimestre, para 4,087 bilhões de reais, na primeira queda trimestral em três anos. Na comparação com o primeiro trimestre de 2011 houve alta de 7 por cento.

Enquanto isso, as receitas com prestação de serviço tiveram leve incremento de 0,8 por cento sobre os três meses encerrados em dezembro e de 17 por cento na comparação anual, para 4,118 bilhões de reais.

Despesas do banco com administração e pessoal recuaram 8 por cento na comparação trimestral e cresceram 12,6 por cento sobre o primeiro trimestre de 2011, para 6,28 bilhões de reais.

O Bradesco fechou o trimestre com ativos totais de 789,55 bilhões de reais, alta de 17 por cento em 12 meses.

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