Lucro da Cielo cai quase 52% no 3º trimestre
O lucro líquido e o Ebtida da maior empresa de meios de pagamentos do país veio abaixo dos dados projetados pelo mercado
Reuters
Publicado em 29 de outubro de 2019 às 19h52.
Última atualização em 29 de outubro de 2019 às 20h46.
São Paulo — A Cielo , maior empresa de meios de pagamentos do país, anunciou nesta terça-feira (29) que teve lucro líquido de 358,1 milhões de reais no terceiro trimestre, queda de 51,7% na comparação com igual etapa de 2018.
O número veio abaixo da previsão média de analistas consultados pela Refinitiv, de 376,6 milhões de reais para o período.
Já o resultado operacional da companhia medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de 724,3 milhões de reais, desabando 37,2% no comparativo anual. O dado também veio abaixo da previsão de analistas da Refinitiv, de 825,4 milhões de reais.
Os volumes processados subiram cerca de 11% ante um ano antes e 4,4% ante o trimestre imediatamente anterior. Isso deu à Cielo o terceiro trimestre consecutivo de expansão de volumes e o quarto trimestre seguido de adição de novos clientes.
Mas a receita líquida consolidada teve queda de 5,5%, para 2,8 bilhões de reais, no comparativo anual, "impactadas pela pressão nos preços médios decorrente do ambiente competitivo e pelo aumento do business de venda de soluções de captura", afirmou a companhia no relatório.
Na outra ponta, o custo dos serviços prestados evoluiu 13,9%, para 1,84 bilhão, "substancialmente relacionado a gastos com subsídios na venda de terminais de captura".
As despesas de pessoal subiram 30,8%, as administrativas tiveram incremento de 35,2% e as despesas operacionais líquidas avançaram 35,4%, estas devido ao aumento de perdas com contestações e créditos incobráveis.
Em outubro, a Cielo lançou contas de pagamento digital, mirando sobre pequenas empresas, em uma estratégia para reforçar sua posição contra rivais como Nubank, Mercado Pago e PagSeguro.