As exportações da Klabin foram a principal responsável pelo crescimento de 16% do faturamento da empresa em 2002 - que chegou a 2,8 bilhões de reais. O aumento do volume exportado e a desvalorização do real aumentaram em 31% as vendas para o mercado externo, que atingiram 372 milhões de dólares. O volume exportado cresceu 11% e chegou a 764 000 toneladas.

O bom desempenho das vendas, entretanto, não muda a intenção da companhia de se desfazer de parte de seus ativos. A Klabin pretende vender ativos no valor de 300 milhões de dólares. Em 2002, a empresa teve um prejuízo de 208 milhões de reais, um aumento de 22,4% em relação ao desempenho negativo de 170 milhões no ano anterior.

Além das exportações, a Klabin também aponta como causa da maior receita a melhora nos preços no mercado doméstico nos segmentos de caixa de papelão ondulado, sacos multifolhados e cartões para embalagens. O volume de vendas no mercado interno - sem incluir madeira - chegou a 1,8 milhão de toneladas, o que representa 4% a mais do que o registrado em 2001.

Se por um lado o desempenho da Klabin foi favorecido pelo aumento das exportações e pela recuperação das margens de vendas no mercado interno - além do resultado operacional, com EBTIDA 34% maior do que em 2001 -, por outro, os resultados foram severamente prejudicados pelos efeitos da variação cambial e pelo custo da dívida da companhia. Em 2002, a conta de despesas financeiras líquidas totalizou 967 milhões de reais devido a desvalorização do real frente ao dólar. As variações cambiais líquidas representassem 581 milhões de reais, ou 60% da despesa financeira total.

O endividamento líquido convertido em dólar chegou a 798 milhões, contra 1,059 bilhão de dólares em 2001.