Exame Logo

Juiz acata pedido da Petrobras, mas mantém ação nos EUA

Petrobras pediu extinção do processo, mas juiz atendeu parcialmente e manteve a ação contra a empresa

Investidores estrangeiros entraram com ação contra a Petrobras nos EUA devido a reclamações sobre perdas financeiras (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de julho de 2015 às 18h37.

Rio de Janeiro - O juiz norte-americano Judge Rakoff, responsável pela ação coletiva de investidores estrangeiros que reclamam perdas financeiras contra a Petrobras nos Estados Unidos, decidiu ontem (9) acolher parcialmente pedido da empresa sobre extinção do processo, mas manteve a ação, que seguirá para a fase probatória.

De acordo com comunicado divulgado hoje (10) pela Petrobras, a intenção de extinguir o processo era que a Corte americana analisasse a necessidade de seguir para a fase probatória, quando são apresentadas as provas.

Na decisão, o juiz Rakoff acatou parte dos argumentos da companhia, mas dará prosseguimento ao processo.

No documento, a Petrobras informou que o juiz reconheceu que os pleitos relacionados à emissão de títulos nos EUA em 2012 estão prescritos e que os pedidos relativos aos valores mobiliários (ações) adquiridos no Brasil estão sujeitos à resolução por arbitragem, conforme previsto no estatuto social da companhia.

Entretanto, a ação dos investidores continuará quanto aos demais pleitos apresentados.

Na nota encaminhada ao mercado, a companhia explicou que, por determinação do juiz Rakoff, o cronograma do processo, incluindo a etapa probatória, deverá ser apresentado pelas partes até o dia 15. A previsão para início do julgamento é 1º de fevereiro de 2016.

Rafael Zinato, do grupo Almeida Advogados, que, em parceria com o escritório americano Wolf Popper, representam os investidores nos Estados Unidos, informou que o juiz Rakoff prosseguirá com a ação coletiva, com base no pedido inicial dos escritórios.

Zinato considerou prematuras as informações passadas pela estatal em relação à etapa probatória e ao início do julgamento da ação. “Tomo como base a decisão judicial e não um comunicado da Petrobras”, explicou.

Para Zinato, apesar de o juiz ter reconhecido os pedidos da Petrobras, a ideia dos escritórios é mostrar à Justiça norte-americana que a má governança da empresa e os fatos investigados pela Operação Lava Jato, iniciada em março de 2014, prejudicaram os investidores.

“A finalidade da ação é justamente apurar os prejuízos causados aos investidores minoritários”.

Participam da ação investidores de qualquer nacionalidade, desde que sejam detentores de títulos da estatal brasileira adquiridos na Bolsa de Valores de Nova York, conhecidas como ADRs ('American Depositary Receipts').

Rafael Zinato esclareceu que ainda não há valores referentes à indenização pedida na açãopara investidores que se consideraram lesados pela Petrobras.

“Esse é um trabalho que será feito pela perícia. Os fatos foram apresentados para que os peritos apurem o valor de uma eventual indenização.”

Veja também

Rio de Janeiro - O juiz norte-americano Judge Rakoff, responsável pela ação coletiva de investidores estrangeiros que reclamam perdas financeiras contra a Petrobras nos Estados Unidos, decidiu ontem (9) acolher parcialmente pedido da empresa sobre extinção do processo, mas manteve a ação, que seguirá para a fase probatória.

De acordo com comunicado divulgado hoje (10) pela Petrobras, a intenção de extinguir o processo era que a Corte americana analisasse a necessidade de seguir para a fase probatória, quando são apresentadas as provas.

Na decisão, o juiz Rakoff acatou parte dos argumentos da companhia, mas dará prosseguimento ao processo.

No documento, a Petrobras informou que o juiz reconheceu que os pleitos relacionados à emissão de títulos nos EUA em 2012 estão prescritos e que os pedidos relativos aos valores mobiliários (ações) adquiridos no Brasil estão sujeitos à resolução por arbitragem, conforme previsto no estatuto social da companhia.

Entretanto, a ação dos investidores continuará quanto aos demais pleitos apresentados.

Na nota encaminhada ao mercado, a companhia explicou que, por determinação do juiz Rakoff, o cronograma do processo, incluindo a etapa probatória, deverá ser apresentado pelas partes até o dia 15. A previsão para início do julgamento é 1º de fevereiro de 2016.

Rafael Zinato, do grupo Almeida Advogados, que, em parceria com o escritório americano Wolf Popper, representam os investidores nos Estados Unidos, informou que o juiz Rakoff prosseguirá com a ação coletiva, com base no pedido inicial dos escritórios.

Zinato considerou prematuras as informações passadas pela estatal em relação à etapa probatória e ao início do julgamento da ação. “Tomo como base a decisão judicial e não um comunicado da Petrobras”, explicou.

Para Zinato, apesar de o juiz ter reconhecido os pedidos da Petrobras, a ideia dos escritórios é mostrar à Justiça norte-americana que a má governança da empresa e os fatos investigados pela Operação Lava Jato, iniciada em março de 2014, prejudicaram os investidores.

“A finalidade da ação é justamente apurar os prejuízos causados aos investidores minoritários”.

Participam da ação investidores de qualquer nacionalidade, desde que sejam detentores de títulos da estatal brasileira adquiridos na Bolsa de Valores de Nova York, conhecidas como ADRs ('American Depositary Receipts').

Rafael Zinato esclareceu que ainda não há valores referentes à indenização pedida na açãopara investidores que se consideraram lesados pela Petrobras.

“Esse é um trabalho que será feito pela perícia. Os fatos foram apresentados para que os peritos apurem o valor de uma eventual indenização.”

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstados Unidos (EUA)Estatais brasileirasGás e combustíveisIndústria do petróleoJustiçaPaíses ricosPetrobrasPetróleo

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame