Johnson & Johnson é condenada por caso de câncer em mulher
Um júri popular nos Estados Unidos condenou a Johnson & Johnson a pagar US$ 55 milhões a mulher que desenvolveu câncer no ovário após uso contínuo de talco
Da Redação
Publicado em 4 de maio de 2016 às 11h17.
Washington, - Um júri popular do estado do Missouri, nos Estados Unidos , condenou nesta segunda-feira a gigante farmacêutica e de produtos de higiene Johnson & Johnson a pagar US$ 55 milhões a uma mulher que desenvolveu câncer de ovário após o uso contínuo de talco da marca, na segunda sentença desse tipo emitida contra a companhia este ano.
A mulher, Gloria Ristesund, de 62 anos e moradora de Dakota do Sul, usou durante cerca de 40 anos produtos de higiene feminina com base de talco da Johnson & Johnson e em 2011 foi diagnosticada com câncer de ovário.
Por isso, Gloria teve que se submeter a uma histerectomia (remoção do útero) e a outras operações.
Após a retirada do útero, os médicos encontraram talco no tecido de seu ovário e os custos médicos relacionados com o câncer superaram US$ 174 mil.
Apesar de o câncer da mulher estar regredindo, ela apresentou um processo contra a companhia farmacêutica e de higiene por ter escondido durante anos de seus consumidores os riscos do talco em produtos cosméticos e agora receberá US$ 50 milhões pelos danos causados e outros US$ 5 milhões como compensação adicional.
Em fevereiro, a Johnson & Johnson foi condenada a pagar US$ 72 milhões à família de outra mulher, Jacqueline Fox, que morreu de câncer após usar durante anos talco para bebê e outros produtos da empresa.
Os casos de Gloria Ristesund e Jacqueline Fox são apenas dois dos mais de mil processos similares que a companhia farmacêutica enfrenta na Justiça americana.
Pesquisadores da Escola de Medicina de Pittsburgh publicaram no ano de 2005 um estudo que sugere que as mulheres que evitam o talco na higiene genital têm menor probabilidade de desenvolver câncer de ovário.
Nota enviada pela Johnson & Johnson a EXAME.com
"Infelizmente, a decisão do júri vai contra 30 anos de pesquisas, evidências clínicas e especialistas em todo o mundo que continuam a apoiar a segurança do talco utilizado em nosso produto.
Entendemos que as mulheres e famílias afetadas pelo câncer de ovário estão à procura de respostas e somos profundamente solidários com todas as pessoas afetadas por esta devastadora doença, que possui causas desconhecidas.
A Johnson & Johnson sempre considera seriamente as questões relacionadas à segurança de seus produtos. Diversas avaliações científicas e regulatórias determinaram que o mineral usado na composição do talco é seguro e o atual rótulo do produto é adequado.
A empresa apelará da decisão e continuará a defender a segurança do talco JOHNSON’S® baby."
(texto atualizado às 18h38 com o posicionamento da Johnson & Johnson)
Washington, - Um júri popular do estado do Missouri, nos Estados Unidos , condenou nesta segunda-feira a gigante farmacêutica e de produtos de higiene Johnson & Johnson a pagar US$ 55 milhões a uma mulher que desenvolveu câncer de ovário após o uso contínuo de talco da marca, na segunda sentença desse tipo emitida contra a companhia este ano.
A mulher, Gloria Ristesund, de 62 anos e moradora de Dakota do Sul, usou durante cerca de 40 anos produtos de higiene feminina com base de talco da Johnson & Johnson e em 2011 foi diagnosticada com câncer de ovário.
Por isso, Gloria teve que se submeter a uma histerectomia (remoção do útero) e a outras operações.
Após a retirada do útero, os médicos encontraram talco no tecido de seu ovário e os custos médicos relacionados com o câncer superaram US$ 174 mil.
Apesar de o câncer da mulher estar regredindo, ela apresentou um processo contra a companhia farmacêutica e de higiene por ter escondido durante anos de seus consumidores os riscos do talco em produtos cosméticos e agora receberá US$ 50 milhões pelos danos causados e outros US$ 5 milhões como compensação adicional.
Em fevereiro, a Johnson & Johnson foi condenada a pagar US$ 72 milhões à família de outra mulher, Jacqueline Fox, que morreu de câncer após usar durante anos talco para bebê e outros produtos da empresa.
Os casos de Gloria Ristesund e Jacqueline Fox são apenas dois dos mais de mil processos similares que a companhia farmacêutica enfrenta na Justiça americana.
Pesquisadores da Escola de Medicina de Pittsburgh publicaram no ano de 2005 um estudo que sugere que as mulheres que evitam o talco na higiene genital têm menor probabilidade de desenvolver câncer de ovário.
Nota enviada pela Johnson & Johnson a EXAME.com
"Infelizmente, a decisão do júri vai contra 30 anos de pesquisas, evidências clínicas e especialistas em todo o mundo que continuam a apoiar a segurança do talco utilizado em nosso produto.
Entendemos que as mulheres e famílias afetadas pelo câncer de ovário estão à procura de respostas e somos profundamente solidários com todas as pessoas afetadas por esta devastadora doença, que possui causas desconhecidas.
A Johnson & Johnson sempre considera seriamente as questões relacionadas à segurança de seus produtos. Diversas avaliações científicas e regulatórias determinaram que o mineral usado na composição do talco é seguro e o atual rótulo do produto é adequado.
A empresa apelará da decisão e continuará a defender a segurança do talco JOHNSON’S® baby."
(texto atualizado às 18h38 com o posicionamento da Johnson & Johnson)