Itaú Unibanco tem lucro recorrente de R$7 bi no 2º tri
Grupo financeiro também anunciou programa de demissão voluntária envolvendo todas as companhias no Brasil
Reuters
Publicado em 29 de julho de 2019 às 20h38.
São Paulo — O Itaú Unibanco teve alta de 10,2 por cento no lucro recorrente do segundo trimestre, a 7,034 bilhões de reais, apoiado em crescimento da carteira de crédito e ganhos com operações de tesouraria.
O grupo financeiro também anunciou um programa de demissão voluntária envolvendo todas as suas companhias no Brasil, mas não informou o montante de adesões que pretende obter. O programa vai ficar aberto a interessados durante o mês de agosto.
O conglomerado terminou junho com 98.446 funcionários, uma queda de cerca de 1,5 por cento sobre um ano antes. No Brasil, o número de trabalhadores do grupo era de 85.161 no final do segundo trimestre.
O resultado recorrente do maior banco privado do Brasil ficou praticamente em linha com a média de expectativas de analistas, de 6,977 bilhões de reais, segundo dados da Refinitiv.
Itaú Unibanco encerrou o segundo trimestre com 4,04 bilhões de reais em provisões para inadimplência líquidas de renegociação ante estimativa de analistas de 4,2 bilhões de reais. A inadimplência acima de 90 dias foi de 2,9 por cento no período ante 3 por cento nos três primeiros meses do ano e 2,8 por cento no segundo trimestre de 2018.
A carteira de crédito subiu 5,85 por cento, para 659,727 bilhões de reais. O banco afirmou que o destaque foi "a expansão das carteiras de pessoas físicas e de micro, pequenas e médias empresas que levou ao crescimento de 2,8 por cento da margem financeira com clientes".
Os empréstimos a pessoas físicas subiram 14 por cento, enquanto a micro, pequenas e médias empresas tiveram expansão na carteira de 19 por cento, segundo o balanço. Os financiamentos a grandes empresas recuaram 1,8 por cento.
O retorno recorrente sobre o patrimônio líquido médio anualizado do Itaú Unibanco foi de 23,5 por cento no segundo trimestre ante 23,6 por cento nos três primeiros meses do ano e 21,6 por cento um ano antes. Analistas, em média, esperavam 22,7 por cento, segundo dados da Refinitiv.