Itaú deve ter retorno sobre patrimônio acima de 20% em 2014
Resultado será favorecido por cenário de maior crescimento do crédito, menos gastos com provisões para devedores duvidosos e maiores receitas com juros
Da Redação
Publicado em 10 de dezembro de 2013 às 11h14.
São Paulo - O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) do Itaú Unibanco deve superar os 20 por cento em 2014, favorecido por cenário de maior crescimento do crédito, menos gastos com provisões para devedores duvidosos e maiores receitas com juros , disse à Reuters uma fonte com conhecimento do assunto.
O ROE, usado como indicador de capacidade dos bancos de remunerar os investimentos de seus acionistas, poderia "chegar facilmente" a níveis maiores do que a meta informal do banco de 20 por cento, disse a fonte, que não quis ser identificada porque as projeções para o próximo ano ainda não foram divulgadas.
No terceiro trimestre de 2013, o ROE anualizado do Itaú subiu pelo quarto trimestre consecutivo, para 20,9 por cento, acima dos 19,6 por cento estimados em uma pesquisa da Reuters com analistas.
Se não fosse o fraco resultado da Tesouraria de julho a setembro, o ROE teria ficado ao redor de 22,5 por cento nesse período. A fonte vê uma normalização do resultado da Tesouraria já a partir do atual trimestre, o que explica a confiança para o ROE no ano que vem.
"Não vai ser nada difícil ter um ROE acima de 20 por cento em 2014", disse a fonte.
O banco deve ter no ano que vem um crescimento ao redor de 12 por cento de sua carteira de crédito, uma vez que terá cumprido a maior parte do processo de desacelerar linhas de financiamento mais arriscadas para se concentrar nas mais seguras, disse a fonte.
Em 2013, a carteira do Itaú Unibanco deve ter um crescimento inferior a 10 por cento, desempenho afetado em parte pela desaceleração no segmento de veículos, cujo montante total pode encolher marginalmente também em 2014. Em 12 meses até setembro, a carteira total do banco cresceu 9,3 por cento.
Os bancos privados vêm apostando cada vez mais nas linhas mais seguras de crédito como forma de crescer sem arranhar a rentabilidade, num cenário em que os bancos públicos têm crescido muito acima da média do mercado com ofertas mais agressivas de taxas de juros.
Com provisões menores para inadimplência --o índice acima de 90 dias cedeu para 3,9 por cento no terceiro trimestre, de 4,2 por cento de abril a junho--, o resultado líquido da intermediação financeira deve crescer no ano que vem.
Isso mesmo com uma possível queda no spread (diferença entre o custo de captação de recursos e o juro cobrado dos clientes) em algumas linhas, à medida que prossegue o foco em nichos como crédito consignado, com taxas mais apertadas.
"O resultado líquido da intermediação financeira pode crescer cinco, seis por cento", disse a fonte.
O Itaú Unibanco também deve apurar avanço de cerca de 10 por cento nas receitas com prestação de serviços no ano que vem, com o aumento da participação de ganhos com cartões, seguros e tarifas bancárias, acrescentou a fonte.
São Paulo - O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) do Itaú Unibanco deve superar os 20 por cento em 2014, favorecido por cenário de maior crescimento do crédito, menos gastos com provisões para devedores duvidosos e maiores receitas com juros , disse à Reuters uma fonte com conhecimento do assunto.
O ROE, usado como indicador de capacidade dos bancos de remunerar os investimentos de seus acionistas, poderia "chegar facilmente" a níveis maiores do que a meta informal do banco de 20 por cento, disse a fonte, que não quis ser identificada porque as projeções para o próximo ano ainda não foram divulgadas.
No terceiro trimestre de 2013, o ROE anualizado do Itaú subiu pelo quarto trimestre consecutivo, para 20,9 por cento, acima dos 19,6 por cento estimados em uma pesquisa da Reuters com analistas.
Se não fosse o fraco resultado da Tesouraria de julho a setembro, o ROE teria ficado ao redor de 22,5 por cento nesse período. A fonte vê uma normalização do resultado da Tesouraria já a partir do atual trimestre, o que explica a confiança para o ROE no ano que vem.
"Não vai ser nada difícil ter um ROE acima de 20 por cento em 2014", disse a fonte.
O banco deve ter no ano que vem um crescimento ao redor de 12 por cento de sua carteira de crédito, uma vez que terá cumprido a maior parte do processo de desacelerar linhas de financiamento mais arriscadas para se concentrar nas mais seguras, disse a fonte.
Em 2013, a carteira do Itaú Unibanco deve ter um crescimento inferior a 10 por cento, desempenho afetado em parte pela desaceleração no segmento de veículos, cujo montante total pode encolher marginalmente também em 2014. Em 12 meses até setembro, a carteira total do banco cresceu 9,3 por cento.
Os bancos privados vêm apostando cada vez mais nas linhas mais seguras de crédito como forma de crescer sem arranhar a rentabilidade, num cenário em que os bancos públicos têm crescido muito acima da média do mercado com ofertas mais agressivas de taxas de juros.
Com provisões menores para inadimplência --o índice acima de 90 dias cedeu para 3,9 por cento no terceiro trimestre, de 4,2 por cento de abril a junho--, o resultado líquido da intermediação financeira deve crescer no ano que vem.
Isso mesmo com uma possível queda no spread (diferença entre o custo de captação de recursos e o juro cobrado dos clientes) em algumas linhas, à medida que prossegue o foco em nichos como crédito consignado, com taxas mais apertadas.
"O resultado líquido da intermediação financeira pode crescer cinco, seis por cento", disse a fonte.
O Itaú Unibanco também deve apurar avanço de cerca de 10 por cento nas receitas com prestação de serviços no ano que vem, com o aumento da participação de ganhos com cartões, seguros e tarifas bancárias, acrescentou a fonte.