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Iata: queda em voos de 1ª classe pode desaquecer setor

Dois importantes indicadores das viagens de primeira classe - confiança nos negócios e comércio nos países desenvolvidos - apontaram para um lento crescimento nos próximos meses

Imagem interna de um avião vazio (Divulgação/Japan Airlines)

Imagem interna de um avião vazio (Divulgação/Japan Airlines)

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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2011 às 19h26.

Nova York - Uma recuperação no mercado global de aviação pode ser drasticamente reduzida à medida que ventos contrários na economia desencorajam as viagens de primeira classe, disse a associação mundial do setor, Iata, nesta terça-feira.

Os dados de junho mostraram um leve declínio nas taxas de crescimento da primeira classe e da classe econômica ante maio, embora o número de passageiros nas duas classes tenha sido maior que o visto em junho do ano passado. Os números das viagens de primeira classe cresceram 6,4%, enquanto as da classe econômica avançaram 4,8%.

Entretanto, a associação afirmou que dois importantes indicadores das viagens de primeira classe - confiança nos negócios nas maiores economias industriais e o comércio internacional nos países desenvolvidos - apontaram para um lento crescimento nos próximos meses.

"Com o comércio internacional em expansão, embora com uma taxa pequena, e a confiança nos negócios ainda em território positivo, os mercados de passageiros de primeira classe devem favorecer o crescimento nos meses a seguir, mas as taxas de crescimento devem acontecer em passos lentos", disse a Iata em seu relatório mensal.

O tráfego de passageiros de primeira classe foi 11,1% maior na primeira metade desse ano em relação ao mesmo período do ano passado, mas o crescimento em junho estava fora do ritmo, subindo 6,4% comparado ao mesmo mês de 2010.

O segundo maior mercado, entre a Europa e o Extremo Oriente, mostrou desaceleração semelhante em junho, de 7,9%, bem abaixo dos 12,1% do primeiro semestre. O relatório não traçou uma previsão definitiva para a classe econômica de passageiros, que foi 4% maior do que seu pico de antes da crise financeira global.

Além disso, a Iata disse que ainda pode haver alguma consolidação nas companhias aéreas na medida que os passageiros podem ter que se ajustar aos preços altos de combustíveis.

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