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Hypermarcas negocia compra da Neo Química

Negócio custará cerca de 1,5 bilhão de reais e deve ser anunciado semana que vem

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h41.

A Hypermarcas está prestes a finalizar a compra da fabricante de medicamentos genéricos Neo Química. Segundo EXAME apurou, a aquisição deve ser anunciada no início da próxima semana e custará cerca de 1,5 bilhão de reais à Hypermarcas.

Sediada em Goiás, a Neo Química foi o terceiro grupo a obter a licença para a produção de genéricos no Brasil. Nos últimos seis meses, a empresa negociou sua venda para o grupo americano Pfizer, mas as conversas perderam força. Há pouco menos de um mês, a Hypermarcas iniciou sua investida.

A negociação com a Hypermarcas atende a dois desejos da família Limírio Gonçalves, dona da Neo Química. Ao mesmo tempo em que queriam vender o negócio, os controladores gostariam de se manter na ativa. A Hypermarcas pagará cerca de 600 milhões de reais em dinheiro à família. O restante será pago em ações do grupo. No fim das contas, a família Limírio Gonçalves terá quase 10% do capital da Hypermarcas - e presença no conselho de administração da companhia.

Para a Hypermarcas, a compra da Neo Química é um grande passo em sua estratégia de criação de um conglomerado de bens de consumo com um amplo leque de produtos. Numa só tacada, a companhia, hoje líder no mercado de medicamentos vendidos sem prescrição médica, ganha uma participação no segmento de genéricos.

Fundada pelo empresário João Alves de Queiroz Filho, a Hypermarcas vem protagonizando uma incrível série de aquisições nos últimos dois anos. Em 2007, a empresa comprou a DM, fabricante de medicamentos tradicionais como Doril e Engov. Em 2008, com a aquisição de Farmasa, Niasi, Bozzano e NY Looks, o faturamento da empresa cresceu 78%. Finalmente, em outubro de 2009, a companhia comprou as marcas de preservativos Olla e Jontex por 221 milhões de dólares e a fabricante de fraldas e absorventes Pom Pom, por 300 milhões de reais.

Procuradas, a Neo Química e a Hypermarcas não quiseram se pronunciar.

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