H&M fecha temporariamente lojas na África do Sul após protestos
Habitantes do país protestaram contra um agasalho tachado de racista, que a empresa tinha retirado do catálogo após a polêmica
EFE
Publicado em 14 de janeiro de 2018 às 15h18.
Berlim, 14 jan (EFE).- A marca de roupas sueca Hennes & Mauritz ( H&M ) fechou temporariamente suas lojas na África do Sul, como consequência dos protestos registrados nesse país contra um agasalho tachado de racista, que a empresa tinha retirado do catálogo após a polêmica suscitada por essa peça.
Nas ações de protesto registradas no sábado nem empregados nem clientes ficaram feridos, segundo afirmou a H&M através da sua conta no Twitter, mas, apesar disso, a empresa optou por fechar temporariamente os estabelecimentos por considerar prioritário garantir a segurança das pessoas.
A mensagem acrescenta que as lojas serão reabertas assim que se restabeleça a segurança.
No sábado aconteceram ações de protesto em seis lojas da rede em Joanesburgo e outros pontos das províncias de Gauteng, aparentemente impulsionados pelo grupo esquerdista Economic Freedom Fighters (EFF), segundo informações do portal sul-africano "News24".
Os protestos seguem à indignação causada no mundo todo por uma campanha da marca, em que se mostrava um menino negro vestindo um agasalho com a frase 'the coolest monkey in the junlge' ('o macaco mais legal da selva').
A rede sueca retirou o agasalho do seu catálogo e pediu desculpas, em meio a críticas surgidas nas redes sociais e também entre figuras do esporte, como o jogador de basquete americano LeBron James.
O artista canadense Abel Tesfaye, líder do projeto musical The Weeknd, também decidiu romper sua colaboração com a empresa sueca em protesto pelo anúncio.
A H&M expressou em um primeiro comunicado sua "compreensão" pela indignação criada pela imagem do menino e se comprometeu a analisar o ocorrido para impedir este tipo de incidente no futuro.
No entanto, o grupo sul-africano EFF considerou que as desculpas chegaram tarde e convocou os protestos contra as "lojas racistas".