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Hershey´s e Bauducco se unem para conquistar mercado

Americana terá 51% de participação no negócio, mas a direção comercial fica por conta da brasileira

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

A fabricante de chocolates americana Hershey´s e a brasileira Bauducco devem anunciar entre hoje e amanhã uma associação entre as duas empresas para fortalecimento dos negócios no Brasil. A Hershey´s terá 51% de participação no negócio e o controle financeiro da operação, enquanto a Bauducco ficará com os outros 49% e ditará as diretrizes da área comercial.

Com a associação, a Hershey´s espera ampliar a distribuição de seus produtos, enquanto a Bauducco busca maior poder de negociação com os grandes varejistas. Caso as expectativas não sejam atendidas, o acordo poderá ser desfeito, sem a cobrança de multa, nos próximos dois anos.

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A partir de fevereiro, as operações das duas companhias, incluindo áreas administrativas e equipes de vendas, começam a ser integradas. A associação é a oportunidade que a Hershey´s vinha buscando para fazer deslanchar seus negócios no Brasil. Segundo a consultoria Nielsen, a marca detém apenas 3% do mercado nacional de chocolates, que hoje é dominado pela Kraft (34,1%), Nestlé (24,3%) e Garoto (26,9%).

Presente no Brasil há dez anos, a Hershey´s fatura no país 80 milhões de reais por ano -menos de 1% da receita global da empresa. O montante representa cerca de 10% do faturamento da Bauducco. Nos Estados Unidos, a companhia domina 35% do mercado, e está disposta a investir nos mercados emergentes - que hoje são os que mais crescem no mundo.  Em 2007, fechou parceirias na China, onde detém menos de 1% de participação no mercado, e na Índia, onde a inglesa Cadbury domina 70% das vendas de chocolates.

Mercado estratégico
O Brasil tornou-se estratégico para a multinacional porque já é o quarto maior consumidor mundial de chocolates. É três vezes maior que o mercado da China e chegou a movimentar 2,6 bilhões de dólares no ano passado, quase 20% a mais que em 2006, segundo a Euromonitor. Ainda assim, o consumo brasileiro é duas vezes e meia menor que o americano, o que mostra que ainda há muito espaço para crescimento.

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