Exame Logo

Hedging-Griffo complementa atuação do Credit Suisse no Brasil

Empresas atuam em áreas complementares e querem oferecer os serviços de um banco integrado

EXAME.com (EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.

Os diretores da Credit Suisse no Brasil disseram em teleconferência, nesta quinta-feira (21/12), que esperam aumentar suas operações locais nos segmentos de private banking e administração de ativos com a compra da participação majoritária da corretora Hedging-Griffo, forte atuante nesses setores. O acordo de aproximadamente 635 milhões de reais já era esperado e foi fechado na quarta-feira (20/12) à noite.

Pelos termos da transação, as atividades da Hedging-Griffo continuarão a ser administradas pela atual diretoria da empresa. Já a Credit Suisse Hedging-Griffo, empresa que surgirá após o fechamento da operação, terá uma mesa diretora composta por executivos de ambas as empresas. "A nossa motivação teve um caráter estratégico e reforça a posição do Credit Suisse como líder na área que atua, a de banco de investimentos", afirma Antônio Quintella, presidente do Credit Suisse no Brasil. O banco suíço tem também a opção de adquirir o controle total da empresa brasileira após cinco anos assim como os atuais acionistas da Hedging-Griffo terão a opção de vender suas ações.

Veja também

A corretora brasileira é a quarta no mercado de private banking no país. Ela administra cerca de 15,9 bilhões de reais e tem tido um crescimento anual de 38,5% nos últimos três anos. Com a sua aquisição, o Credit Suisse planeja oferecer aos clientes no Brasil os benefícios de um banco integrado. "Já oferecemos essas atividades a clientes de outros países em que atuamos e agora queremos aproveitar o ambiente de continuidade de crescimento da economia do país, de diminuição progressiva da taxa Selic e câmbio estável para aumentar a nossa participação no Brasil", diz Quintella.

O sócio-diretor da Hedging-Griffo José Leopoldo Figueiredo comemora o acordo. "Considero extremamente feliz o encontro de duas estruturas complementares e com culturas semelhantes de atuação interna e no mercado", afirma. A necessidade de crescimento é apontada como razão para o acordo por Luis Stuhlberger, sócio-diretor da Hedging-Griffo. "O Credit Suisse viu que a melhor alternativa para a empresa era ter um sócio estratégico. Para nós também seria difícil continuar o ritmo de crescimento e não conseguiríamos atingir sozinhos certos segmentos", diz.

A transação faz parte da estratégia do Credit Suisse de consolidar sua presença em mercados emergentes, tendo aberto recentemente escritórios em Moscou e Sydney. O banco, presente no Brasil desde 1990, possui 6.000 clientes institucionais e administra 5 bilhões de reais no país. A Hedging-Griffo é a quarta maior corretora na Bovespa, com 4.000 clientes private e tem a segunda maior mesa de commodities no Brasil.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame