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Grupo Pão de Açúcar retoma vice-liderança em eletrônicos

Com aquisição da rede Ponto Frio, o grupo - que está atrás apenas das Casas Bahia - reforça a estratégia de investir cada vez mais no setor

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

Com a aquisição do Ponto Frio por 824,5 milhões de reais, o Grupo Pão de Açúcar recuperou a vice-liderança no setor de eletrônicos no varejo brasileiro, atrás apenas das Casas Bahia. Agora, o grupo deterá 1 055 lojas e 79 000 funcionários em 17 estados. Recentemente, iniciou operações no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso e Espírito Santo. A operação ainda resultará em sinergia de 500 milhões de reais. A empresa espera atingir esse resultado por meio de parcerias com fornecedores, melhoria dos serviços financeiros e integração das áreas de comércio online e marketing.

O presidente-executivo, Cláudio Galeazzi, afirmou que a participação do segmento no faturamento total do grupo subirá de 10% para 26%. "Teremos mais poder de negociação com os fornecedores também", diz ele. Ainda nesta semana haverá um encontro entre os principais fornecedores e os executivos do Grupo Pão de Açúcar para traçar novas estratégias de negócios.

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O investimento no setor classificado como não-alimentos é uma meta traçada há cinco anos, segundo Abílio Diniz, presidente do Conselho de Adminsitração do Grupo Pão de Açúcar.

As vendas líquidas do Extra Eletro, a varejista do grupo Pão de Açúcar mais voltada para eletroeletroeletrônicos, aumentaram 13,3% em relação ao mesmo período de 2008. "Essa performance é resultado da adoção de uma estratégia comercial de sucesso, concretizada por meio da combinação de promoções agressivas com um correto mix de produtos. Adicionalmente, o Grupo continuou a registrar crescimento no tíquete médio e no tráfego de clientes nas lojas neste período", afirmou a empresa em comunicado.

O crescimento do Extra Eletro foi um dos fatores que levou o grupo a decidir pela aquisição do Ponto Frio. "Apesar das notícias sobre decrescimento da economia, o consumo deve crescer 1,4% neste ano. Há também expansão do mercado imobiliário e as pessoas vão precisar cada vez mais comprar aparelhos para seus lares", diz Abílio Diniz.

Questionado sobre uma possível alteração no formato das operações do Ponto Frio, ele afirmou que estão sendo realizados estudos para nortear qualquer decisão, mas a princípio elas serão mantidas separadas por serem marcas muito fortes. "Apesar de a marca Ponto Frio ter perdido um pouco de força nos últimos anos, nós vamos trabalhar para recuperá-la", diz ele.

Ele lembrou, no entanto, a aquisição da rede de supermercados Sendas, em 2004, que precisou passar por uma reformulação. O grupo passou os últimos quatro anos tentando melhorar os resultados da rede e após três anos de queda nas receitas no Rio, ela finalmente se recuperou em 2008, com aumento de 15% nas vendas dos primeiros nove meses do ano. A saída foi segmentar as lojas por localização.

A localização, aliás, foi o principal motivo que levou à aquisição do Ponto Frio. A rede conta com 458 lojas espalhadas por dez estados, principalmente na região centro-sul, onde também se concentram as lojas do Grupo Pão de Açúcar. "Estamos abertos a todas as oportunidades", diz Abílio sobre a estratégia de crescimento da área de atuação do grupo. "Somos fortes no Ceará e em breve devemos chegar ao Tocantins."

O negócio, segundo Abílio, vai gerar também novos postos de trabalho no médio prazo. "É isso que queremos. É assim que vamos contribuir para o Brasil", diz ele.

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