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Gol vai superar a TAM no Brasil, diz corretora

Potencial do mercado de baixa tarifa no Brasil deve ser melhor capturado pela Gol

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h41.

SÃO PAULO - Ao se debruçarem sobre os números de novembro divulgados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), os analistas Brian Tadeu Moretti e Marcelo Luiz Araujo, da corretora Planner, afirmaram ser apenas uma questão de tempo para que a Gol chegue à liderança do segmento de passageiros transportados no país, ficando, assim, a frente da TAM.

Atualmente, a participação da Gol e TAM nos voos domésticos é de 42% e 44%, respectivamente. No entanto, para os analistas da Planner, é a Gol que deve capturar o potencial do mercado de baixa tarifa no Brasil, especialmente em virtude do fim da guerra tarifária e devido à recuperação econômica, que deve ser responsável por aumentar o valor médio das passagens.

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Isso, me certa medida, já pode ser observado. A taxa de ocupação da Gol já é maior do que a da TAM, com 72,5% e 68,3%, respectivamente.

A demanda por quilômetro voado da indústria demonstrou forte crescimento anual de 38% no mês de novembro e 22% no aumento da capacidade, segundo dados da Anac. Dessa forma, a taxa de ocupação atingiu 71% contra 62,5% no ano passado. De acordo com a corretora, este foi o maior nível para novembro desde 2001.

A previsão de David Neeleman, presidente da Jetblue e fundador da Azul Linhas Aéreas, em relação à demanda é otimista. Para ele, em 2010, a demanda será expandida em aproximadamente 10% e 15%, retornando aos níveis pré-crise.

Demanda Internacional

O tráfego internacional de outubro, divulgado pela Iata, também demonstrou crescimento. A demanda de passagens subiu 0,5% ao ano. O segmento de carga obteve a mesma alta. De acordo com a Planner, esse crescimento é significativamente melhor que o declínio de 5,4% verificado em setembro, mas a taxa de ocupação de passageiros e das cargas nas aeronaves permaneceu nos níveis de pré-crise, em torno de 78% e 54%, respectivamente.

"A melhora na taxa de ocupação aos níveis pré-crise é amplamente explicada pelo resultado de uma administração da capacidade disponível mais adequada", afirmou a Planner, em relatório. Sem contar os fatores e flutuações sazonais, a capacidade das companhias foram estáveis durante o ano de 2009, segundo dados do Iata.

A corretora ressaltou, ainda, que embora exista um modesto crescimento nas tarifas desde a metade deste ano, as passagens aéreas permanecem 20% mais baratas em termos reais hoje do que a um ano atrás.

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