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Gol minimiza pane e diz que não teme perda de mercado

Presidente da companhia afirma que atrasos e cancelamentos no início de agosto foram um problema pontual e espera uma taxa de ocupação de 70% até o fim do ano

Pane: no início do mês, 70% dos voos domésticos atrasados eram da Gol (.)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

São Paulo - Os recentes problemas com atrasos e cancelamentos de voos não impactarão os resultados da Gol nos próximos trimestres, nem sua participação de mercado. A afirmação foi feita pelo presidente da companhia, Constantino Júnior, na teleconferência de resultados realizada nesta terça-feira ( leia a cobertura da teleconferência ). "Não perderemos mercado por conta desses problemas pontuais", disse.

Segundo ele, a pane ocorrida no final de julho e início de agosto foi provocada pelo software que organiza a escala dos tripulantes. "Queremos tornar as escalas mais amigáveis para os funcionários. Em momento algum, a companhia ultrapassou os limites da legalidade", diz. "Tiramos algumas funcionalidades do sistema até que possamos desenvolver um sistema completo e seguro de escala. O sistema é novo. As melhorias serão feitas ao longo do segundo trimestre."

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Para ilustrar como a companhia se dedica a melhorar suas operações, ele cita que, no trimestre, foram registradas apenas 99 reclamações de passageiros. Do total, 47 chegaram a um acordo. "Isso mostra como a companhia está comprometida a resolver esses problemas", afirma Constantino.

Mercado menor

Em julho, a Gol contava com 38,15% de participação no mercado, contra 40,69% em junho. A líder TAM tinha 43% -- uma alta de quase 1 ponto percentual em relação ao mês anterior. A taxa de ocupação doméstica na malha aérea da Gol, no trimestre, atingiu 61,4% -- uma queda de 0,4 ponto percentual na comparação trimestral. Constantino espera que esse índice atinja os 70% até o fim do ano em suas 119 aeronaves em operação -- que permanecerão nesse total até, pelo menos, 2012.

Em relação ao primeiro trimestre a queda foi mais acentuada: 10,2 ponto percentual. "Novamente refletindo a sazonalidade", afirmou a Gol. A empresa afirma que houve um salto de 8,9% no número de decolagens e de 16,6% no tráfego na malha aérea. Esses fatores resultaram numa receita líquida de 1,590 bilhão de reais -- um salto de 14,1%.

Denúncias

Sobre as denúncias feitas pelo sindicato dos aeronautas de que haveria irregularidades na escala dos funcionários e excesso de horas voadas, Constantino negou qualquer tipo de negligência da empresa. "Prezamos pela segurança dos funcionários e pela qualidade dos serviços prestados", afirmou. O empresário reconheceu, no entanto, que nem todos estão satisfeitos com a escala vigente.

Ele reforçou, também, a necessidade de investimentos para acabar com os gargalos dos aeroportos brasileiros. Enquanto isso não acontece de fato, a companhia afirma que está transferindo conexões para dar mais agilidade aos voos, assim como possibilitar o check-in com antecedência.

Sobre a multa de 2 milhões de reais, a companhia afirma que não recebeu notificação da Anac.

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