A GM (General Motors) enfrenta dificuldades em obter crédito para concretizar a fusão com outra montadora norte-americana, a Chrysler, informa o jornal Wall Street Journal, citando fontes “familiarizadas com o assunto”.

O jornal diz que as duas empresas buscaram investidores nos últimos dias, mas sem sucesso. A crise mundial tem afastado potenciais interessados, que estão receosos diante de um negócio envolvendo dois gigantes da indústria automobilística em dificuldades. A GM precisaria levantar cerca de 10 bilhões de dólares para levar adiante a fusão.

Outra preocupação da GM, segundo o jornal, é reduzir custos, em especial com questões trabalhistas. A empresa já estaria gastando cerca de 1 bilhão de dólares por mês com os cortes recentemente e a fusão poderia levar ao corte de mais 40 mil vagas, segundo o WSJ.

Entidades defensoras dos trabalhadores questionam publicamente a fusão, temendo as demissões. Sindicatos acompanham a negociações para a fusão estimam que a nova empresa teria receitas anuais da ordem de duzentos e cinqüenta bilhões de dólares e concentraria cerca de 30% do mercado.

O jornal norte-americano afirma que a GM ensaia uma aproximação com o governo Bush na tentativa de encontrar uma saída para o negócio. O argumento é o de que a fusão é vital para a sobrevivência do setor no país.

A mesma fonte citada pela publicação também afirma que a GM está tentando “todas as vias” diante de recentes perdas em suas reservas e da incapacidade de levantar novos financiamentos. Neste domingo, as duas empresas ainda não haviam conseguido firmar pontos do acordo.

Analistas ouvidos pelo Wall Street Journal apontam com um das principais vantagens oriundas da fusão o maior fôlego da nova empresa para competir com outras dentro e fora dos Estados Unidos.