Exame Logo

GM paralisa produção no RS por tempo indeterminado

Segundo a montadora, ela teve de interromper as atividades e dispensar funcionários por conta da recusa de duas transportadoras em retirar veículos da unidade

Fábrica da GM: unidade de Gravataí (RS) produz os modelos Chevrolet Prisma e Onix (Marcos Issa/Bloomberg)

Luísa Melo

Publicado em 12 de maio de 2015 às 18h55.

São Paulo - As atividades da planta da GM em Gravataí, no Rio Grande do Sul , serão paralisadas e os funcionários dispensados por tempo indeterminado.

A decisão foi comunicada pela montadora na tarde desta terça-feira e foi tomada, segundo ela, porque as transportadoras Tegma e Transzero optaram por interromper a retirada de carros na unidade.

A GM diz que negociava o custo do frete com as duas parceiras, mas não houve acordo. Sem condições de escoar a produção, a fabricação dos carros precisou ser paralisada.

A Tegma, entretanto, nega que tenha se recusado a fazer o carregamento dos veículos em Gravataí. Segundo a companhia de logística, ela não consegue operar normalmente no local porque o sindicato regional está em greve.

Em nota, a GM disse que lamenta a decisão e que pretende "manter a unidade operando em três turnos". "Esperamos alcançar um acordo que não comprometa a competitividade dos produtos Chevrolet no mercado brasileiro", diz o texto.

Segundo a montadora, ainda não há previsão para que o impasse seja solucionado.

O sindicato dos metalúrgicos do Rio Grande do Sul havia dito ao Valor Econômico que tinha sido comunicado pela GM de que o terceiro turno seria desativado na fábrica de Gravataí.

A produção na planta já teria caído de 62 para 55 veículos por hora e demissões seriam esperadas. A meta de fabricação anual também teria caído de 320.000 em 2014 para 285.000 este ano.

Por queda na demanda, o pátio da montadora na cidade já estaria lotado e uma outra área, em um município vizinho, teria sido alugada para estocar os veículos.

A unidade de Gravataí produz os modelos Onix e Prisma. A GM não informa quantas pessoas trabalham lá.

Crise

A GM tem feito grandes cortes custos. Na semana passada, 325 funcionários da fábrica de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, entraram em licença remunerada por tempo indeterminado.

Na mesma planta, a montagem de alguns modelos caiu de 55 para 38 carros por hora. Além disso, pouco mais de 800 trabalhadores estão em lay-off (com contratos suspensos) até junho e há um plano de demissões voluntárias (PDV) em aberto.

Em outra fábrica, em São José dos Campos, foram suspensos os contratos de 325 funcionários (lay-off), por três meses. Eles se somam a outros 473 que já estão nesse mesmo regime e retornam em agosto.

Em todo o setor, estima-se que cerca de 17 mil trabalhadores estejam afastados por conta da crise.

Texto atualizado às 18h54.

Veja também

São Paulo - As atividades da planta da GM em Gravataí, no Rio Grande do Sul , serão paralisadas e os funcionários dispensados por tempo indeterminado.

A decisão foi comunicada pela montadora na tarde desta terça-feira e foi tomada, segundo ela, porque as transportadoras Tegma e Transzero optaram por interromper a retirada de carros na unidade.

A GM diz que negociava o custo do frete com as duas parceiras, mas não houve acordo. Sem condições de escoar a produção, a fabricação dos carros precisou ser paralisada.

A Tegma, entretanto, nega que tenha se recusado a fazer o carregamento dos veículos em Gravataí. Segundo a companhia de logística, ela não consegue operar normalmente no local porque o sindicato regional está em greve.

Em nota, a GM disse que lamenta a decisão e que pretende "manter a unidade operando em três turnos". "Esperamos alcançar um acordo que não comprometa a competitividade dos produtos Chevrolet no mercado brasileiro", diz o texto.

Segundo a montadora, ainda não há previsão para que o impasse seja solucionado.

O sindicato dos metalúrgicos do Rio Grande do Sul havia dito ao Valor Econômico que tinha sido comunicado pela GM de que o terceiro turno seria desativado na fábrica de Gravataí.

A produção na planta já teria caído de 62 para 55 veículos por hora e demissões seriam esperadas. A meta de fabricação anual também teria caído de 320.000 em 2014 para 285.000 este ano.

Por queda na demanda, o pátio da montadora na cidade já estaria lotado e uma outra área, em um município vizinho, teria sido alugada para estocar os veículos.

A unidade de Gravataí produz os modelos Onix e Prisma. A GM não informa quantas pessoas trabalham lá.

Crise

A GM tem feito grandes cortes custos. Na semana passada, 325 funcionários da fábrica de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, entraram em licença remunerada por tempo indeterminado.

Na mesma planta, a montagem de alguns modelos caiu de 55 para 38 carros por hora. Além disso, pouco mais de 800 trabalhadores estão em lay-off (com contratos suspensos) até junho e há um plano de demissões voluntárias (PDV) em aberto.

Em outra fábrica, em São José dos Campos, foram suspensos os contratos de 325 funcionários (lay-off), por três meses. Eles se somam a outros 473 que já estão nesse mesmo regime e retornam em agosto.

Em todo o setor, estima-se que cerca de 17 mil trabalhadores estejam afastados por conta da crise.

Texto atualizado às 18h54.

Acompanhe tudo sobre:AutoindústriaCarrosCrises em empresasEmpresasEmpresas americanasGM – General MotorsIndústriaMontadorasRio Grande do SulVeículos

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame