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Geração de emprego fica estável em janeiro, diz IBGE

Em janeiro de 2003, o emprego industrial aumentou 0,3% em relação a dezembro, mas o indicador mostra virtual estabilidade (0,1%) se descontados os efeitos sazonais. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve expansão de 1,0% - a terceira consecutiva neste tipo de comparação - enquanto o acumulado dos últimos doze meses foi de […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

Em janeiro de 2003, o emprego industrial aumentou 0,3% em relação a dezembro, mas o indicador mostra virtual estabilidade (0,1%) se descontados os efeitos sazonais. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve expansão de 1,0% - a terceira consecutiva neste tipo de comparação - enquanto o acumulado dos últimos doze meses foi de -0,9% em dezembro para -0,7% em janeiro, segundo pesquisa feita pelo IBGE.

Entre janeiro e dezembro, o emprego industrial cresceu em oito dos quatorze locais pesquisados. O principal destaque positivo na formação da taxa global do país (0,3%) foi o Rio Grande do Sul, com a marca mais elevada (2,0%), e os principais impactos negativos foram a região Nordeste e Minas Gerais, ambos com redução de 0,6%. Por atividade, treze dos dezoito ramos cresceram e os segmentos de vestuário (1,5%) e calçados e couro (1,7%) tiveram maior peso nas contratações.

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Na comparação janeiro 03/janeiro 02, o contingente de trabalhadores aumentou 1,0%, mantendo, assim, o quadro de resultados positivos observado nos últimos dois meses de 2002. Nove áreas e segmentos industriais registraram taxas positivas. Entre as atividades, as principais contribuições vieram dos setores de alimentos e bebidas (5,3%) e máquinas e equipamentos-exclusive elétricos (8,7%) e, por locais, de Santa Catarina (5,7%) e Norte e Centro-Oeste (3,6%).

Neste mês, a indústria paulista mostrou a primeira taxa positiva (0,6%), impulsionada pelo aumento do emprego também nas indústrias alimentar (10,9%) e de máquinas e equipamentos - exclusive elétricos (13,9%). Já o Rio de Janeiro (-3,9%) reduziu mais o número de pessoas ocupadas, sendo a maior contribuição negativa. Por ramo industrial, os maiores recuos vieram de outros produtos da indústria de transformação (-6,0%) e máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos e de comunicações (-4,3%).

O acumulado nos últimos doze meses caiu 0,7%, menos do que em novembro (-1,1%) e dezembro (-0,9%). Quedas em seis locais e doze ramos industriais foram responsáveis por tal resultado. Nesta comparação, permanecem resultados negativos acumulados pelos estados do Sudeste, mais precisamente São Paulo (-2,6%) e Rio de Janeiro (-4,8%), enquanto o segmento de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-11,5%) ainda é a principal influência negativa setorial. Por fim, o indicador de médias móveis trimestrais, livre da sazonalidade, aponta uma trajetória de estabilidade.

O valor da folha de pagamento volta a aumentar, em termos reais, entre dezembro e janeiro: expansão de 8,6%, na série livre de influências sazonais, após três meses consecutivos em queda. Os índices de média móvel trimestral confirmam este quadro de melhora: de dezembro para janeiro há interrupção na queda iniciada em abril. Os demais indicadores, no entanto, permanecem em queda: -4,5% frente a janeiro de 2002 e -2,6% no acumulado dos últimos doze meses. Já o valor médio da folha de pagamento, teve recuos em relação a janeiro/02 (-5,4%) e no acumulado nos últimos doze meses (-2,0%).

A queda de 5,4% no valor médio da folha de pagamento em relação a janeiro 03/janeiro 02 resulta de decréscimos em treze dos quatorze locais pesquisados. As maiores reduções são em Minas Gerais (-11,2%), Santa Catarina (-6,6%) e região Nordeste (-6,4%). Apenas a região Norte e Centro-Oeste (2,4%) mostra expansão na folha média. Nos demais locais as taxas oscilam de -5,9% no Paraná a -1,9% no Ceará.

Por fim, segundo o indicador acumulado nos últimos doze meses, o valor real da folha de pagamento continua, em nível nacional, mostrando uma trajetória declinante na passagem de dezembro (-2,4%) para janeiro (-2,6%), movimento este também assinalado pela folha média de pagamento (de -1,5% para -2,0%).

Em janeiro, o indicador de horas pagas volta a ser positivo tanto em relação ao mês anterior, já descontados os componentes sazonais (0,3%), quanto ao igual mês do ano anterior (0,5%). O indicador dos últimos doze meses, apesar de negativo, aponta uma tendência de recuperação, uma vez que passa de -1,3% em dezembro, para -1,1% em janeiro.

O indicador mensal registrou aumento de 0,5%, o mais elevado da série histórica, nesse tipo de comparação. Nove dos quatorze locais pesquisados exibem aumento nas horas pagas. Santa Catarina (4,9%), Nordeste (2,6%) e Paraná (3,2%), por ordem de influência, respondem pelos principais impactos positivos, principalmente, pelo aumento das horas pagas nos setores de vestuário (Santa Catarina) e alimentos e bebidas (Nordeste e Paraná). As reduções observadas nas indústrias de Minas Gerais (-2,6%), São Paulo (-0,7%), Rio de Janeiro (-3,0%) e, conseqüentemente, na região Sudeste (-1,3%), foram as maiores contribuições negativas na formação da taxa global.

Setorialmente, ainda no indicador mensal, as principais pressões positivas foram dos setores de alimentos e bebidas (5,7%) e máquinas e equipamentos exclusive eletro-eletrônicos e de comunicações (5,8%), e as negativas por fabricação de outros produtos da indústria de transformação (-6,9%) e borracha e plástico (-4,1%).

O indicador acumulado nos últimos doze meses ainda é negativo para o total das horas pagas (-1,1%), porém acima dos de novembro (-1,5%) e dezembro (-1,3%). A maior influência negativa é determinada pelos recuos observados em São Paulo (-3,4%) e como conseqüência na região Sudeste (-3,1%). Com quedas figuram, ainda, Rio de Janeiro (-4,9%), Minas Gerais (-1,5%) e Bahia (-1,3%). Os locais com desempenhos positivos são: Santa Catarina (3,2%), Ceará (2,5%), região Norte e Centro-Oeste (2,3%), Pernambuco (2,2%), região Sul (1,4%), Espírito Santo, Paraná e Nordeste (todos com 1,1%). O Rio Grande do Sul apontou crescimento nulo. No total do país, quatorze setores assinalam recuo nas horas pagas pela indústria. Neste confronto, o maior impacto negativo vem do ramo de máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos e de comunicações (-11,8%), e o positivo, do de alimentos e bebidas (5,1%).

No que se refere à trajetória dos índices de média móvel trimestral da jornada de trabalho, o trimestre encerrado em janeiro(-0,2%) confirma a estabilidade observada desde novembro de 2002, acompanhando assim o movimento apontado no emprego.

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