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Fusão pode impulsionar segmento de TV paga por satélite no Brasil

A fusão entre a DirecTV e a Sky na América Latina poderá sanar um problema do setor na região: pouca demanda para muita oferta. No Brasil, não há espaço para duas operadoras de TV paga via satélite, na avaliação de Otávio Jardanovski, sócio-diretor da PTS, empresa de pesquisa de mercado sobre TV por assinatura. Se […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

A fusão entre a DirecTV e a Sky na América Latina poderá sanar um problema do setor na região: pouca demanda para muita oferta. No Brasil, não há espaço para duas operadoras de TV paga via satélite, na avaliação de Otávio Jardanovski, sócio-diretor da PTS, empresa de pesquisa de mercado sobre TV por assinatura. Se o país tivesse chegado aos 6 milhões de assinantes estimados há alguns anos, haveria espaço para mais de uma empresa, afirmou Jardanovski.

O problema é que as empresas de TV paga possuem, no total, 3,46 milhões de assinantes, segundo pesquisa da PTS. Desse total, 34% usam o serviço de DTH (Direct to Home), a transmissão via satélite. A fusão deve dar fôlego para a operação de DTH no Brasil diz Jardanovski.

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Segundo ele, a demanda por TV por assinatura estagnou nos últimos dois anos. Apesar disso, o serviço via satélite mostra-se competitivo perante a TV a cabo quando se observa a evolução da participação de mercado. Em 1999, o DTH tinha uma fatia de 25%. Hoje, tem 34%.

Segundo noticiaram jornais espanhóis e a agência de notícias France Presse, a fusão entre Sky e DirecTV foi anunciada pelo empresário venezuelano Gustavo Cisneros, acionista da DirecTV America Latina, depois de participar de uma conferência na Iese Business School, em Barcelona. Cisneros afirmou que as negociações chegaram a um acordo na madrugada de quarta-feira mas não divulgou nenhum detalhe, como o nome da nova empresa.

A fusão entre as duas organizações, que hoje disputam 1 milhão de assinantes, já está sendo analisada no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Na agência, a avaliação está na Superintendência de Serviços de Comunicação de Massa, que fará um relatório a ser encaminhado a um relator, que ainda não foi escolhido. O relator-conselheiro, por sua vez, fará sua avaliação a ser submetida ao Conselho Diretor da Anatel, que fará uma votação. O resultado desse processo será encaminhado ao Cade. Segundo a Anatel, o Cade geralmente aguarda o recebimento da análise da agência para emitir seu parecer sobre os negócios envolvendo empresas de telecomunicações.

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