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Fundos recusam proposta do GP para compra do controle da Perdigão

Oferta de 550 milhões de reais é considerada baixa

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

Os planos do grupo de investimentos GP -- capitaneado por Jorge Paulo Lehman, principal acionista da AmBev e das Lojas Americanas -- de comprar a indústria de alimentos Perdigão, controlada por um grupo de fundos de pensão de estatais liderados pela Previ, não se concretizaram. Nesta terça-feira, durante reunião do conselho de administração da Perdigão, os fundos recusaram a proposta de compra da empresa feita pelos representantes do GP. O grupo fez uma oferta de 550 milhões de reais pelo controle da Perdigão, o que foi considerado um valor muito baixo pelos controladores. "Isso é troco", disse o diretor de um fundo.

A Perdigão é a segunda maior processadora de carnes do país, com oferta de 180 produtos e faturamento de 3,3 bilhões de reais em 2002, incluindo 420 milhões de dólares em exportações.

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Outra condição imposta pelos fundos para fechar o negócio era de que os acionistas minoritários pudessem vender suas ações na empresa por, no mínimo, 80% do valor negociado a ser pago aos controladores. O GP não aceitou essa exigência, um direito conhecido como tag along. "O negócio não era vantajoso nem para os fundos, nem para os acionistas minoritários", afirma o diretor de um fundo.

Embora o negócio com a Perdigão tenha sido frustrado, a avaliação desse executivo é de que o grupo GP vai continuar fazendo investidas na área de alimentos. "Eles deixaram clara sua determinação de entrar nesse setor", diz. "A impressão que se tem é que eles querem se tornar uma espécie de AmBev da salsicha." Ou seja, a idéia seria criar um grande grupo na área de alimentação.

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