O segmento de papelão ondulado deve faturar 5 bilhões de reais em 2004, com tonelagem vendida 11,7% maior do que em 2003. De acordo com a Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO), o ano deve encerrar com 2,107 milhões de toneladas comercializadas, 2% abaixo do recorde do setor, de 2,144 milhões de toneladas, atingido em 2002. O consumo de papelão ondulado, insumo para produção de embalagens, serve como sinalizador de desempenho da economia (leia reportagem sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre).

A associação ressalta a forte demanda de embalagens para exportação de produtos industrializados. De acordo com Paulo Sérgio Peres, presidente da ABPO, no período de março a agosto as vendas foram impulsionadas por setores exportadores tradicionais - carnes, aves, frutas e fumos -, e por segmentos com exportações ampliadas - alimentícios, móveis, autopeças, couros e componentes mecânicos. A previsão da entidade para 2005, com base na estimativa de evolução do PIB em torno de 3,5%, é de crescimento do setor entre 3,5% e 5%. "Isso retomaria o ritmo de 2002", diz Peres.

Entre os principais segmentos consumidores de embalagens de papelão ondulado em 2004, a ABPO destaca os produtos alimentícios (35,9%); higiene e limpeza (9,2%); avicultura e fruticultura (8,9%); bebidas e fumos (5,9%); têxteis e vestuário (3,8%); produtos farmacêuticos e perfumaria (3%) e eletroeletrônicos (2,1%).