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Fim da parceria com BB é negativa para SulAmérica, diz Fator

Seguradora perde um importante canal de distribuição de seguros de veículos

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

Em fase de reestruturação da sua área de seguros, o Banco do Brasil (BB) deve encerrar a parceria com a SulAmérica no segmento de seguro de veículos. O banco pretende adquirir a totalidade das ações detidas pela SulAmérica na Brasilveículos, representativas de 60% das ações ordinárias e 30% do capital total.

De acordo com o analista Iago Whately, da corretora Fator, o rompimento entre as empresas é negativo para a SulAmérica devido à perda de um importante canal de distribuição de seguro de automóveis.

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Além da Brasilveículos, a companhia também opera a Brasilsaúde, segmento que o BB manifestou interesse em rever o modelo de negócios e a estrutura societária. No entanto, segundo a Fator, essa aliança é bem menos relevante do que a que está sendo encerrada.

As condições e o valor que o BB pagará pelas ações detidas ainda serão discutidos e a expectativa é que a transação seja concluída apenas em 2010.

Outro fator que deve impactar os negócios da companhia de seguros, ressaltado pela corretora, é a recente associação entre Itaú Unibanco e a sua concorrente Porto Seguro. Para a Fator, essa união reforça a importância que a diversificação dos canais de distribuição tem para o modelo de negócio das seguradoras.

De acordo com o comunicado enviado ao mercado pela SulAmérica, O eventual término da associação com o Banco do Brasil em nada modificará os demais negócios e atividades da companhia e de suas controladas; seja no próprio segmento de seguros de automóveis ou nos negócios de seguro saúde, seguro de vida, previdência e gestão de ativos. Segundo informou, a Brasilveículos representou, em 2008, 13,5% da receita consolidada da empresa e 3,7% de seu lucro líquido.

Adicionalmente, o Banco do Brasil e o grupo segurador espanhol Mapfre firmaram Protocolo de Intenções, com o objetivo de formar aliança estratégica para o desenvolvimento, no mercado brasileiro, dos negócios de seguros de riscos, nos segmentos de pessoas, ramos elementares e automóveis.

Entretanto, na avaliação da Fator, a SulAmérica tem histórico de parcerias bem-sucedidas e capacidade de desenvolver novos meios de distribuição para manter sua competitividade em um ambiente que tem se tornado cada vez mais desafiador para as seguradoras independentes.

A corretora manteve a recomendação de “manutenção” para as units (união de ações ordinárias e preferenciais em um único papel) da SulAmérica, com preço-alvo de 40,50 reais para junho de 2010.

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