Exame Logo

Eucatex sai da recuperação judicial, e ações disparam

Empresa controlada pela família Maluf apresentava problemas financeiros desde 2003

EXAME.com (EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

A Eucatex, controlada pela família Maluf, anunciou nesta segunda-feira (9/11) que encerrou seu processo recuperação judicial. O anúncio é baseado na decisão da juíza Renata Cristina Rosa da Costa Silva, da 3ª Vara da Comarca de Salto, no interior paulista, que aprovou o término do processo por considerar que todas as obrigações previstas no plano de recuperação foram cumpridas. A notícia fez os papéis da companhia dispararem na Bovespa. As ações preferenciais da Eucatex (EUCA4, sem direito a voto) fecharam o pregão com alta de 12,73%, cotadas a 6,20 reais. Já o Ibovespa, principal indicador da bolsa brasileira, terminou o dia com valorização de 2,71%, a 66.214 pontos.

Uma das maiores produtoras de laminados e pisos de madeira do país, a Eucatex encontrava-se em dificuldades financeiras desde 2003, quando requereu uma concordata preventiva. Na época, o mercado avaliava que a empresa era saudável operacionalmente, mas suas finanças sofriam forte impacto de diversos fatores, como a constante alta de juros, a desvalorização cambial de 1999 e o apagão de 2001.

Veja também

Em novembro de 2005, a juíza Renata Costa e Silva aprovou o pedido para que a Eucatex transformasse a concordata preventiva em uma recuperação judicial. O plano de reestruturação, porém, foi contestado no final de 2006 pela Petros, o fundo de pensão dos funcionários da Petrobras – um dos credores da companhia -, que não aceitou a conversão de suas debêntures em ações. Somente em setembro de 2007, o plano de recuperação da companhia foi totalmente aprovado pela assembléia de credores. Na ocasião, a dívida da companhia era de 485 milhões de reais.

A Eucatex encerrou o primeiro semestre de 2009 com uma receita líquida de 314,4 milhões de reais, uma queda de 7,2% sobre o mesmo período do ano passado. A margem bruta, no entanto, apresentou uma melhora de 1,9 ponto percentual, para 35,4%. O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caiu 13%, para 57,3 milhões de reais. A margem de ebitda recuou 1,3 ponto percentual, para 18,2%. E o lucro líquido, 17 milhões de reais, foi 45% inferior ao da comparação.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame