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Eucatex, empresa de Maluf, pede concordata preventiva

São Paulo, 16 de abril (Portal EXAME) A Eucatex, empresa da família do ex-governador Paulo Maluf, apresentou nesta quarta-feira pedido de concordata preventiva na 3ª Vara Civil de Salto, no interior de São Paulo, onde está localizada uma das unidades da companhia. No ano passado, a renda bruta da empresa atingiu 476 milhões de reais. […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

São Paulo, 16 de abril (Portal EXAME) A Eucatex, empresa da família do ex-governador Paulo Maluf, apresentou nesta quarta-feira pedido de concordata preventiva na 3ª Vara Civil de Salto, no interior de São Paulo, onde está localizada uma das unidades da companhia.

No ano passado, a renda bruta da empresa atingiu 476 milhões de reais. Ela acumula uma dívida de 315 milhões de reais, mas a assessoria de imprensa não soube informar quanto desse valor vence este ano. No comunicado oficial feito à imprensa, a empresa alega que os resultados operacionais vêm sendo engolidos pelas despesas financeiras em volume cada vez maior, mais de 400 milhões de reais nos últimos anos, fruto da calamidade dos juros e das constantes desvalorizações cambiais .

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Se aceito, o pedido de concordata permitirá à empresa adiar o pagamento dos débitos sem garantia. Do total dessas dívidas, 40% deverão ser pagos ao final de um ano, a contar a partir de hoje, e os outros 60% ao longo de dois anos. Para ter o pedido de concordata aceito, a empresa não pode ter títulos protestados e deve estar em dia com o fisco.

A Eucatex foi fundada e 1951 e emprega 2.918 funcionários. Ela atua nos segmentos de construção civil, indústria moveleira, agricultura e indústrias gerais.

Recentemente a Eucatex teve seu nome envolvido em suspeitas de irregularidades envolvendo as ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo. No ano passado, três fundos do Deutche Bank nas ilhas Jersey apareceram como detentores de 36% das ações ordinárias e 29% das ações preferenciais da Eucatex. A compra dos papéis totalizou 89,3 milhões de dólares. A empresa nega, porém, que a operação tenha algum vínculo com recursos supostamente depositados no paraíso fiscal em nome de Maluf e seus familiares, dinheiro suspeito de ter sido desviado ilegalmente do Brasil e bloqueado por autoridades de Jersey.

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