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Estados Unidos podem ordenar a retirada de analgésicos do mercado

Depois do caso Vioxx e da ameaça de retirada do Celebrex e Bextra, FDA tem pela frente o desafio de reformar sua metodologia de aprovação de medicamentos. Já a Pfizer avisa que, diferente da Merck, vai lutar para manter um de seus mais importantes produto

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

Os reguladores americanos devem editar nos próximos dias uma nova regulamentação para os analgésicos mais populares. De acordo com o jornal britânico Financial Times desta segunda-feira (20/12), as medidas podem incluir até mesmo ordem para que os medicamentos sejam retirados do mercado. Segundo Lester Crawford, presidente da Food and Drugs Administration (FDA, a agência que monitora o setor farmacêutico nos Estados Unidos), todos os medicamentos conhecidos como "cox-2" - uma categoria que inclui o Vioxx, o Bextra e o Celebrex - estão sendo acompanhados. "Todas as possibilidades de regulação estão colocadas, inclusive o recolhimento das drogas. Eu tenho sérias preocupações com essa categoria de remédios", afirmou.

Os comentários de Crawford seguem a publicação nesta sexta-feira de estudos sobre efeitos colaterais do Celebrex e do Bextra, antiinflamatórios do laboratório Pfizer. Em setembro a Merck retirou voluntariamente o Vioxx do mercado, depois que pacientes acionaram a companhia na justiça (leia reportagem de EXAME sobre os desafios que a companhia precisa vencer agora). Já a Pfizer avisou que vai lutar contra qualquer tentativa de retirar o Celebrex do mercado, porque não vê bases suficientes para isso.

O Financial Times realça que os medicamentos na mira da agência reguladora americana são vendidos aos milhões ao redor do mundo, e representam bilhões de dólares em vendas anuais para os laboratórios. A ameaça de perder uma de suas melhores fontes de faturamento fez as ações da Pfizer caírem na sexta-feira. No caso da FDA, entrou em pauta uma profunda reforma de seus mecanismos de aprovação de medicamentos, para assegurar a independência do órgão da indústria farmacêutica.

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