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Endividamento da Oi está dentro do esperado, diz Zornig

Segundo diretor financeiro da companhia, nível de endividamento veio em linha com o esperado para o primeiro trimestre

Loja da Oi: companhia registrou um nível de endividamento de 3,05 vezes a dívida líquida sobre o Ebitda, acima do limite de 3 vezes para aprovação do pagamento de dividendos (Marcelo Correa/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2013 às 10h09.

Rio de Janeiro - O nível de endividamento da Oi veio em linha com o esperado para o primeiro trimestre, ao passo que a companhia mantém sua política de remuneração a acionistas mesmo após a alavancagem ter superado o patamar máximo estipulado para pagamento de dividendos, afirmou o diretor financeiro Alex Zornig.

A Oi divulgou seus resultados na noite de segunda-feira, apresentando uma melhora operacional consistente, puxada pelos segmentos móvel e residencial.

Mas a companhia registrou um nível de endividamento de 3,05 vezes a dívida líquida sobre o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), acima do limite de 3 vezes para aprovação do pagamento de dividendos. No primeiro trimestre de 2012 a relação era de 2 vezes.

"O nível de endividamento da companhia está em linha com o esperado para este trimestre", disse Zornig em resposta a perguntas da Reuters feitas por email.

"Apesar do aumento ocorrido neste trimestre, a companhia está em processo de venda de ativos não estratégicos, o que manterá sua alavancagem controlada e permitirá a execução dos investimentos anunciados", acrescentou.

"A política de remuneração dos acionistas está mantida." A companhia prevê pagar 2 bilhões de reais em remuneração neste ano --1 bilhão referente ao resultado de 2012 e 1 bilhão antecipadamente ao de 2013. Mas o nível de alavancagem para essa antecipação de dividendos deverá ser observado no futuro.


"O pagamento da antecipação de 2013 deverá considerar o resultado dos primeiros seis meses do ano para o cálculo da relação dívida líquida sobre Ebitda", afirmou Zornig. "Assim, esse é um tema que só teremos condições de comentar depois da divulgação dos resultados do segundo trimestre."

A empresa busca vender ativos como certos imóveis e torres de comunicação para ajudar a manter o nível de endividamento sobre controle, e está perto de concluir algumas operações, disse Zornig.

"Esperamos que, ao longo do ano, a companhia conclua a venda de alguns desses ativos, a fim de manter sua alavancagem controlada", afirmou.

A Oi possui duas operações de crédito rotativo totalizando cerca de 3,5 bilhões de reais, "que podem ser sacadas a qualquer momento em até três anos", acrescentou o executivo, sem dar mais detalhes sobre uma possível emissão.

Ele ressaltou, ainda, que a Oi tem alongado o prazo médio de sua dívida e afirmou que quase 60 por cento da dívida vence a partir de 2017.

A Oi manteve suas metas para este ano, após apresentar resultados no primeiro trimestre em linha com as expectativas anunciadas, de alta de até 11,4 por cento na geração de caixa, além de receita líquida de 29 bilhões de reais no ano.

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Rio de Janeiro - O nível de endividamento da Oi veio em linha com o esperado para o primeiro trimestre, ao passo que a companhia mantém sua política de remuneração a acionistas mesmo após a alavancagem ter superado o patamar máximo estipulado para pagamento de dividendos, afirmou o diretor financeiro Alex Zornig.

A Oi divulgou seus resultados na noite de segunda-feira, apresentando uma melhora operacional consistente, puxada pelos segmentos móvel e residencial.

Mas a companhia registrou um nível de endividamento de 3,05 vezes a dívida líquida sobre o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), acima do limite de 3 vezes para aprovação do pagamento de dividendos. No primeiro trimestre de 2012 a relação era de 2 vezes.

"O nível de endividamento da companhia está em linha com o esperado para este trimestre", disse Zornig em resposta a perguntas da Reuters feitas por email.

"Apesar do aumento ocorrido neste trimestre, a companhia está em processo de venda de ativos não estratégicos, o que manterá sua alavancagem controlada e permitirá a execução dos investimentos anunciados", acrescentou.

"A política de remuneração dos acionistas está mantida." A companhia prevê pagar 2 bilhões de reais em remuneração neste ano --1 bilhão referente ao resultado de 2012 e 1 bilhão antecipadamente ao de 2013. Mas o nível de alavancagem para essa antecipação de dividendos deverá ser observado no futuro.


"O pagamento da antecipação de 2013 deverá considerar o resultado dos primeiros seis meses do ano para o cálculo da relação dívida líquida sobre Ebitda", afirmou Zornig. "Assim, esse é um tema que só teremos condições de comentar depois da divulgação dos resultados do segundo trimestre."

A empresa busca vender ativos como certos imóveis e torres de comunicação para ajudar a manter o nível de endividamento sobre controle, e está perto de concluir algumas operações, disse Zornig.

"Esperamos que, ao longo do ano, a companhia conclua a venda de alguns desses ativos, a fim de manter sua alavancagem controlada", afirmou.

A Oi possui duas operações de crédito rotativo totalizando cerca de 3,5 bilhões de reais, "que podem ser sacadas a qualquer momento em até três anos", acrescentou o executivo, sem dar mais detalhes sobre uma possível emissão.

Ele ressaltou, ainda, que a Oi tem alongado o prazo médio de sua dívida e afirmou que quase 60 por cento da dívida vence a partir de 2017.

A Oi manteve suas metas para este ano, após apresentar resultados no primeiro trimestre em linha com as expectativas anunciadas, de alta de até 11,4 por cento na geração de caixa, além de receita líquida de 29 bilhões de reais no ano.

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