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Empresário procurado na Carne Fraca deve se entregar hoje à PF

Nilson Umberto Sachelli Ribeiro, ligado ao Frigobeto, é acusado de negociar propina com um funcionário da Agricultura para abrir um abatedouro de cavalos

PF: o empresário teve prisão preventiva decretada pelo juiz Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara Federal, em Curitiba (Ueslei Marcelino/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de março de 2017 às 16h53.

São Paulo - Procurado na Operação Carne Fraca , o empresário Nilson Umberto Sachelli Ribeiro, ligado ao Frigobeto, vai se apresentar espontaneamente à Polícia Federal em Foz do Iguaçu nesta terça-feira, 21, informam seus advogados Alexandre Crepaldi e Marcos Gimenez.

O empresário teve prisão preventiva decretada pelo juiz Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara Federal, em Curitiba.

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"Estamos apresentando (Nilson Umberto Sachelli Ribeiro), ninguém vai fugir", afirmou Alexandre Crepaldi.

A decisão do juiz Marcos Josegrei da Silva, que autorizou as prisões na sexta-feira, 17, liga Nilson Umberto Sachelli Ribeiro e seu pai Nilson Alves Ribeiro ao Frigobeto Frigoríficos e Comércio de Alimentos Ltda.

Segundo a investigação, Nilson Umberto Sachelli Ribeiro negociou propina com o então chefe da Assessoria Parlamentar do Ministério da Agricultura Fábio Zanon Simão para abrir um abatedouro de cavalos.

O pai também foi alvo de mandado de prisão preventiva na Carne Fraca. O delegado da Polícia Federal Maurício Moscardi Grillo, que comanda a Operação Carne Fraca, afirmou na sexta-feira que Fábio Zanon Simão negociou propinas de R$ 300 mil para abrir o abatedouro.

O advogado Alexandre Crepaldi afirma que Frigobeto não é um frigorífico. "O nome é Frigobeto, mas não é frigorífico. É uma empresa de exportação de carne. Na verdade, estava arrendado desde 2011 para uma empresa chamado Oregon, que abatia carne", declarou o criminalista.

Alexandre Crepaldi declarou que o pai Nilson Alves Ribeiro está na Europa, onde vive há 15 anos.

Segundo o criminalista, pai e filho não são sócios do Frigobeto. "Vamos questionar a prisão do filho, porque entendemos que o decreto das duas prisões não tem fundamento", afirmou o advogado.

"Ele (o filho) estava ajudando a liberação para esse Oregon, porque ele tinha experiência na exportação desse tipo de carga."

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