Exame Logo

Empreiteiras disputam mercado de exploração de petróleo

Quando o monopólio da Petrobras foi quebrado, em 1997, houve uma corrida ao petróleo e ao gás no Brasil. Todas as gigantes mundiais do setor rumaram para cá, o que não chegou a ser uma grande surpresa, já que o país se transformara na nova fronteira para a exploração do combustível, considerando que o ambiente […]

EXAME.com (EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

Quando o monopólio da Petrobras foi quebrado, em 1997, houve uma corrida ao petróleo e ao gás no Brasil. Todas as gigantes mundiais do setor rumaram para cá, o que não chegou a ser uma grande surpresa, já que o país se transformara na nova fronteira para a exploração do combustível, considerando que o ambiente no Oriente Médio não era dos mais amigáveis. Após o primeiro leilão de concessão de exploração e produção, organizado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), em junho de 1998, iniciou-se um frenético trabalho de sísmica nas bacias de Campos, no norte do Estado do Rio, e na de Santos que incluiu o litoral de São Paulo, Paraná e Espírito Santo.

Aqui aportaram a anglo-holandesa Shell, a francesa Total Fina Elf, a americana Texaco e a espanhola Repsol YPF. O que surpreendeu o mercado, contudo, foi a entrada nesse negócio de empresas que nunca foram do ramo, como as construtoras Queiroz Galvão e Odebrecht. E mais. Surgiram também para disputar espaço nesse mercado, empreiteiras como a Petroserv, do Rio de Janeiro, e a Sotep, da Bahia, além de empresas menores como a Marítima e a Starfish. No primeiro leilão da ANP, das 56 empresas que concorreram, 40 eram brasileiras.

Veja também

A Queiroz Galvão é hoje uma das mais agressivas nesse mercado. Já ocupa a quinta posição entre as maiores empresas que exploram petróleo no Brasil em número de contratos e de percentual de áreas exploradas. Fica atrás apenas da Petrobras, da Shell, da Texaco e da El Paso. Não deixa de ser surpreendente para uma empresa que não tinha a menor tradição no setor. Nós queremos estar, em pouco tempo, entre as maiores empresas de petróleo do país , afirma o diretor de Exploração e Produção da companhia, José Augusto Fernandes.

A Queiroz Galvão já investiu 30 milhões de dólares na descoberta de novos campos. O consórcio que montou com a brasileira Starfish e a australiana Coplex será o primeiro a produzir petróleo no país além da Petrobras. Os campos de Coral e Estrela do Mar na Bacia de Santos vão produzir cerca de 30 000 barris de petróleo ao dia. Estamos em um processo de investimento , diz Fernandes. As descobertas nas Bacia de Santos nos animaram a investir cada vez mais. Segundo ele, o portfolio de campos da empresa é muito variado. A Queiroz Galvão já está produzindo gás no Recôncavo baiano junto com a Petroserv. Está explorando petróleo também no Recôncavo e em outras três áreas no litoral baiano. Nós entramos nesse negócio para ficar , diz Fernandes. Queremos ser uma das grandes empresas de petróleo do país .

Além da Queiroz Galvão, outra empresa que também está investindo pesado é a carioca Marítima. A empresa já investiu 14 milhões de dólares no Brasil e está investindo outros 22 milhões de dólares em exploração no Equador e na Colômbia. É muito importante que tenham empresas brasileiras participando desse processo , afirma Fernandes da Queiroz Galvão, que acredita na tendência de crescimento desse mercado para empresas de pequeno e médio portes. Há espaço para empresas de todos os tamanhos , diz.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame