Elanco aposta na classe média contra recessão no Brasil
O presidente mundial Jeff Simmons também confia na rápida expansão da classe média no país
Da Redação
Publicado em 27 de fevereiro de 2015 às 16h05.
São Paulo - A desaceleração da economia brasileira não desanimou a Elanco, divisão da farmacêutica americana Eli Lilly que desenvolve produtos para a saúde animal.
O presidente mundial Jeff Simmons falou com a EXAME após concluir a compra da Novartis Saúde Animal, por 5,4 bilhões de dólares, em janeiro deste ano.
“Não estamos preocupados com o novo ciclo que o Brasil vai começar agora”, diz. “Com a rápida expansão da classe média, haverá um crescimento na demanda por carne, leites e ovos e, consequentemente, por nossos produtos.”
1) Como a desaceleração da economia brasileira impacta os negócios da Elanco?
Não estamos preocupados com o ciclo que o Brasil vai começar agora de menor crescimento econômico. Acreditamos que este ciclo de recessão não vai ser severo e logo o Brasil vai continuar a crescer novamente.
2) Como a empresa está se preparando para essa nova fase da economia brasileira?
Oferecer uma maior diversidade de produtos é uma forma interessante de passar por este momento. Neste caso, a aquisição da Novartis veio no momento certo, porque traz um portfólio maior de produtos para a Elanco.
Além disso, a desaceleração das economias torna a produtividade mais importante - e a nossa empresa ajuda a melhorar a produtividade no campo ao oferecer produtos para a saúde dos animais.
4) Por que as perspectivas são positivas para o Brasil?
Devido ao crescimento da classe média. Uma das primeiras coisas que as pessoas fazem quando vão para a classe média – além de comprar uma casa e um carro - é mudar a dieta, comendo principalmente proteína.
Com a rápida expansão da classe média, haverá um crescimento de 60% na demanda por carne, ovos e leite até 2050 em todo o mundo.
5) Em um momento de recessão, a classe média fica vulnerável. Isso não pode mudar o cenário no curto prazo?
Haverá alguma retração da classe média por conta da desaceleração da economia brasileira, mas a perda não será muito forte. Como um país líder na produção de proteínas, vemos o Brasil como um dos maiores potenciais do mundo para o consumo de nossos produtos.
6) Esse crescimento da demanda da classe média é sustentável?
Com a produtividade que atingimos até aqui, precisaremos de mais 40 milhões de vacas até 2050 para atender a demanda por leite. Só que isso não é sustentável.
7) E quais seriam as soluções?
A resposta está em inovação que permita os produtores fazerem mais e de forma sustentável. Se elevarmos a produtividade das vacas em meio copo de leite por dia, podemos dispensar 66 milhões de vacas do mundo até 2050. Além disso, iremos economizar 618 bilhões de galões de água – suficiente para abastecer as 11 maiores cidades americanas por um ano.
São Paulo - A desaceleração da economia brasileira não desanimou a Elanco, divisão da farmacêutica americana Eli Lilly que desenvolve produtos para a saúde animal.
O presidente mundial Jeff Simmons falou com a EXAME após concluir a compra da Novartis Saúde Animal, por 5,4 bilhões de dólares, em janeiro deste ano.
“Não estamos preocupados com o novo ciclo que o Brasil vai começar agora”, diz. “Com a rápida expansão da classe média, haverá um crescimento na demanda por carne, leites e ovos e, consequentemente, por nossos produtos.”
1) Como a desaceleração da economia brasileira impacta os negócios da Elanco?
Não estamos preocupados com o ciclo que o Brasil vai começar agora de menor crescimento econômico. Acreditamos que este ciclo de recessão não vai ser severo e logo o Brasil vai continuar a crescer novamente.
2) Como a empresa está se preparando para essa nova fase da economia brasileira?
Oferecer uma maior diversidade de produtos é uma forma interessante de passar por este momento. Neste caso, a aquisição da Novartis veio no momento certo, porque traz um portfólio maior de produtos para a Elanco.
Além disso, a desaceleração das economias torna a produtividade mais importante - e a nossa empresa ajuda a melhorar a produtividade no campo ao oferecer produtos para a saúde dos animais.
4) Por que as perspectivas são positivas para o Brasil?
Devido ao crescimento da classe média. Uma das primeiras coisas que as pessoas fazem quando vão para a classe média – além de comprar uma casa e um carro - é mudar a dieta, comendo principalmente proteína.
Com a rápida expansão da classe média, haverá um crescimento de 60% na demanda por carne, ovos e leite até 2050 em todo o mundo.
5) Em um momento de recessão, a classe média fica vulnerável. Isso não pode mudar o cenário no curto prazo?
Haverá alguma retração da classe média por conta da desaceleração da economia brasileira, mas a perda não será muito forte. Como um país líder na produção de proteínas, vemos o Brasil como um dos maiores potenciais do mundo para o consumo de nossos produtos.
6) Esse crescimento da demanda da classe média é sustentável?
Com a produtividade que atingimos até aqui, precisaremos de mais 40 milhões de vacas até 2050 para atender a demanda por leite. Só que isso não é sustentável.
7) E quais seriam as soluções?
A resposta está em inovação que permita os produtores fazerem mais e de forma sustentável. Se elevarmos a produtividade das vacas em meio copo de leite por dia, podemos dispensar 66 milhões de vacas do mundo até 2050. Além disso, iremos economizar 618 bilhões de galões de água – suficiente para abastecer as 11 maiores cidades americanas por um ano.