Eike está perto da falência, afirma Wall Street Journal
Segundo jornal americano, negociações envolvendo OGX não geraram resultados
Da Redação
Publicado em 28 de outubro de 2013 às 17h07.
São Paulo - A OGX , companhia petrolífera de Eike Batista , está cada vez mais perto da recuperação judicial. Quem afirma é o Wall Street Journal (WSJ). Segundo o jornal americano, negociações no Rio entre a diretoria da empresa e seus credores durante a última semana terminaram sem um acordo e a firma não teria dinheiro para dar prosseguimento às suas atividades.
"Uma dificuldade nas discussões foi a pressão por parte de Eike por uma tomada de decisão rápida", afirma o WSJ. Com a recuperação judicial, a expectativa dos analistas entrevistados é de que a empresa passe por uma reorganização - embora os próximos passos ainda não estejam claros.
De acordo com o jornal, a OGX deve hoje cerca de 3,6 bilhões de dólares a investidores que compraram títulos da empresa. "Entre eles, estão alguns dos maiores investidores do mundo, como o BlackRock Inc. e o Pacific Investment Management Co., que apoiaram uma companhia que não produziu nem óleo nem lucro", lembra o WSJ.
Ruína
Segundo a publicação, a ruína de Eike acaba com a estratégia brasileira de apoiar um empreendedor que representasse o poder econômico do país. "A crise na EBX é sintoma da fragilidade do modelo econômico brasileiro", afirmou o Marco de Sá, da Credit Agricole Securities, em entrevista ao WSJ.
Fontes que conversaram com o jornal garantem ainda que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não estaria interessado em rolar uma dívida de Eike no valor de 4,5 bilhões de dólares. Para complicar ainda mais a situação, no caso da OGX, o campo Tubarão Martelo tem produzido abaixo do esperado.
"Não há nada que Eike possa fazer para transformar sua companhia naquela que ele queria. O óleo simplesmente não está lá", sintetizou Greg Lesko, que trabalha numa seguradora que presta serviços à OGX.
O jornal lembra que, desde 2006, Eike já criou seis empresas nos ramos de commodities e infraestrtura. Apenas com a oferta pública de ações da OGX, o empresário faturou 4,1 bilhões de dólares em 2008. A previsão era de que a companhia produzisse ali 10,8 bilhões de barris de petróleo, mas os altos gastos para exploração dos campos e as reservas abaixo do esperado esvaziaram os planos de Eike.
Dono de uma fortuna de 30 bilhões de dólares no ano passado, o empresário tem hoje menos de 900 milhões. Pela manhã, o Valor Econômico já havia levantado a possibilidade de pedido de recuperação por parte da OGX.
( texto atualizado às 18h05 )
São Paulo - A OGX , companhia petrolífera de Eike Batista , está cada vez mais perto da recuperação judicial. Quem afirma é o Wall Street Journal (WSJ). Segundo o jornal americano, negociações no Rio entre a diretoria da empresa e seus credores durante a última semana terminaram sem um acordo e a firma não teria dinheiro para dar prosseguimento às suas atividades.
"Uma dificuldade nas discussões foi a pressão por parte de Eike por uma tomada de decisão rápida", afirma o WSJ. Com a recuperação judicial, a expectativa dos analistas entrevistados é de que a empresa passe por uma reorganização - embora os próximos passos ainda não estejam claros.
De acordo com o jornal, a OGX deve hoje cerca de 3,6 bilhões de dólares a investidores que compraram títulos da empresa. "Entre eles, estão alguns dos maiores investidores do mundo, como o BlackRock Inc. e o Pacific Investment Management Co., que apoiaram uma companhia que não produziu nem óleo nem lucro", lembra o WSJ.
Ruína
Segundo a publicação, a ruína de Eike acaba com a estratégia brasileira de apoiar um empreendedor que representasse o poder econômico do país. "A crise na EBX é sintoma da fragilidade do modelo econômico brasileiro", afirmou o Marco de Sá, da Credit Agricole Securities, em entrevista ao WSJ.
Fontes que conversaram com o jornal garantem ainda que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não estaria interessado em rolar uma dívida de Eike no valor de 4,5 bilhões de dólares. Para complicar ainda mais a situação, no caso da OGX, o campo Tubarão Martelo tem produzido abaixo do esperado.
"Não há nada que Eike possa fazer para transformar sua companhia naquela que ele queria. O óleo simplesmente não está lá", sintetizou Greg Lesko, que trabalha numa seguradora que presta serviços à OGX.
O jornal lembra que, desde 2006, Eike já criou seis empresas nos ramos de commodities e infraestrtura. Apenas com a oferta pública de ações da OGX, o empresário faturou 4,1 bilhões de dólares em 2008. A previsão era de que a companhia produzisse ali 10,8 bilhões de barris de petróleo, mas os altos gastos para exploração dos campos e as reservas abaixo do esperado esvaziaram os planos de Eike.
Dono de uma fortuna de 30 bilhões de dólares no ano passado, o empresário tem hoje menos de 900 milhões. Pela manhã, o Valor Econômico já havia levantado a possibilidade de pedido de recuperação por parte da OGX.
( texto atualizado às 18h05 )