Copersucar quer dobrar tamanho da Eco-Energy em três anos
Companhia anunciou aquisição do controle da empresa americana nesta segunda-feira e já tem planos ambiciosos para o futuro
Daniela Barbosa
Publicado em 5 de novembro de 2012 às 12h55.
São Paulo - A Copersucar , maior empresa brasileira de comercialização de açúcar e etanol, anunciou, nesta segunda-feira, a união de suas operações com a Eco-Energy e já tem planos ambiciosos para a companhia americana: fazer com que ela dobre de tamanho nos próximos três anos. A operação, que não teve o valor revelado, garante à Copersucar o controle da Eco-Energy.
A companhia americana - que tem amplo portfólio na cadeia de suprimentos de biocombustíveis nos Estados Unidos - fatura cerca de 3 bilhões de dólares por ano e produz 4,5 bilhões de litros de biocombustíveis anualmente.
"Trata-se de um plano ambicioso de crescimento, mas que temos condições de cumprir com os investimentos previstos para a companhia", afirmou Paulo Roberto de Souza, diretor-presidente da companhia, em teleconferência com a imprensa, nesta segunda-feira. Segundo ele, somente em logística , os investimentos na Eco-Energy devem chegar a 25 milhões de dólares até 2015.
A operação
A Copersucar não divulga o montante que será aportado na Eco-Energy, mas garante que não houve uma compra direta de ações dos principais sócios. "Vamos fazer um investimento relevante na companhia e isso nos garante o controle", disse Souza.
Com a união das operações, as duas companhias passam a deter 12% de participação no mercado global de etanol. Juntas, elas terão capacidade de oferta de 10 bilhões de litros anuais e presença importante nos dois principais mercados de etanol: Brasil e Estados Unidos, que respondem por 85% do volume de etanol consumido no mundo.
De acordo com Luís Roberto Pogetti, presidente do conselho da Copersucar, as duas companhias vão continuar operando de maneira independente no mercado. "Vamos manter o time de profissionais que a Eco-Energy tem nos Estados Unidos e mandar alguns dos nossos para lá. Haverá uma troca importante de aprendizado e sinergias", disse o executivo.
A operação precisa agora da aprovação das autoridades regulatórias do governo dos Estados Unidos, o aval deve sair em meados do próximo mês.