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Consumo global de energia cairá 3,5% em 2009, diz AIE

A estimativa para o petróleo também é de queda de cerca de 3%

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

O consumo global de energia elétrica vai cair 3,5% este ano pela primeira vez desde 1945, de acordo com estudo da Agência Internacional de Energia (AIE). Os indícios do mercado mostram que o setor energético não escapou dos impactos econômicos decorrentes da crise financeira mundial contrariando as últimas previsões da agência no ano passado, que indicavam um crescimento energético de 32,5 % entre 2006 e 2015.

As previsões da AIE em relação ao consumo de energia para as principais economias do mundo são de queda. A China, país que não chegou a entrar em recessão e um dos apontados a ser a primeira economia a sair desta crise pelos economistas em geral, vai obter uma queda de 2% no consumo de energia ante 2008. Já a Rússia, um dos países mais afetados pela desaceleração financeira global, deve enfrentar uma queda no consumo de quase 10%. O estudo aponta, ainda, que os países membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que engloba os 30 países mais ricos do mundo, devem sofrer queda de 5% em seu consumo energético.

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Segundo a AIE, três quartos da diminuição do consumo mundial são representados pela demanda industrial e não doméstica. O único país que parece ir contra a tendência de baixa é a Índia, com previsão de 1% de crescimento no consumo.

"Isso evidencia a profunda recessão em que estamos", disse Fatih Birol, economista-chefe da AIE. "A procura por Petróleo diminuiu no passado devido aos choques petrolíferos e as crises financeiras -, mas o consumo elétrico nunca diminuiu."

Petróleo no Brasil

A demanda mundial de petróleo é muito mais sensível às oscilações do mercado do que o setor de eletricidade. Para o mineral, a estimativa da agência é também é de baixa, serão cerca de 3% de queda no consumo mundial. No entanto, os resultados registrados pela Petrobrás neste primeiro trimestre do ano não são tão desalentadores assim. Apesar da queda de 8% nas vendas do mercado doméstico comparado ao mesmo período do ano passado, a produção da companhia e as exportações têm aumentado.

A petrolífera reverteu déficit líquido em sua balança comercial e reduziu o prejuízo financeiro neste primeiro trimestre. De janeiro a março, as exportações de petróleo e derivados foram, em média, de 666 mil barris/dia, contra uma importação de 566 mil barris/dia, resultando em um saldo de 100 mil barris/dia.

No mesmo sentido, a produção de petróleo dos campos nacionais obteve alta de 7,2% sobre abril de 2008, atingindo 1,975 milhão de barris por dia no mês passado.

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