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Conselho do Casino rejeita fusão Pão de Açúcar/Carrefour

Para o conselho da varejista francesa, o "Carreçúcar" terá efeitos negativos para o Pão de Açúcar e seus acionistas

Abilio Diniz foi voto vencido na discussão sobre a fusão com o Carrefour (Germano Lüders/EXAME)

Abilio Diniz foi voto vencido na discussão sobre a fusão com o Carrefour (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2011 às 11h12.

Paris - O conselho do Grupo Casino afirmou hoje que se opõe à proposta para fundir o Pão de Açúcar, do qual tem o controle parcial, com o rival Carrefour. O conselho realizou uma reunião extraordinária para discutir o plano de fusão, e todos os seus membros rejeitaram a proposta, afirmou a companhia francesa em comunicado. A exceção foi o empresário Abilio Diniz, cuja família também tem o controle do Pão de Açúcar.

O conselho disse que a proposta para fundir o Pão de Açúcar com os ativos brasileiros do Carrefour numa troca por uma participação minoritária na gigante varejista francesa terá efeitos negativos para a empresa brasileira e seus acionistas. A disputa entre os sócios foi iniciada no final de junho, quando as negociações entre Abilio Diniz e Carrefour tornaram-se públicas e o Casino entrou, então, com um pedido de arbitragem. A proposta de fusão dos ativos brasileiros de Carrefour e Pão de Açúcar foi apresentada pela Gama, uma holding controlada pelo BTG.

O conselho do Casino afirmou que a oferta destruirá o valor para os acionistas do Pão de Açúcar (Companhia Brasileira de Distribuição, CBD), acrescentando que as sinergias resultantes da fusão estão superestimadas. Sobre a proposta de os acionistas da CBD e novos investidores deterem 11,7% no Carrefour da França em contrapartida à fusão dos ativos brasileiros, o conselho destacou que esse é um investimento de "risco" dado seus "fracos prospectos de crescimento".

O conselho do Casino considera a proposta "não solicitada, hostil e ilegal". O conselho pediu ao chairman do Casino, Jean-Charles Naouri, que integra o conselho da Wilkes, a holding que controla a CBD, que se oponha ao acordo por meio de todas as medidas apropriadas "em concordância com os acordos existentes e as regulações brasileiras". As informações são da Dow Jones.

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