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Com Anheuser-Busch, InBev se consolidaria como a maior cervejaria do mundo

Nova companhia nasceria com 25% do mercado mundial de cerveja

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

A compra da americana Anheuser-Busch, dona da marca Budweiser, consolidaria a InBev como a maior cervejaria do mundo, com uma receita líquida de 36,4 bilhões de dólares (dados pró-forma de 2007), e ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 10,7 bilhões, de acordo com o comunicado da InBev ao mercado, nesta quarta-feira (11/6). O grupo passaria a ter uma capacidade global de 460 milhões de hectolitros de cerveja por ano.

O banco de investimentos Lehman Brothers calcula que esse volume seria suficiente para assegurar 25% do mercado mundial de cerveja. Atualmente, segundo estimativas do banco, a InBev já lidera o setor, com 16% de participação. A compra da Anheuser-Busch a colocaria em uma posição difícil de ser alcançada pelas demais. A inglesa SABMiller, por exemplo, é a segunda maior cervejaria do mundo, com 12% de share, segundo o Lehman Brothers. Para se ter uma idéia do apetite da InBev para consolidar sua posição, a própria SABMiller é apontada pelos analistas como o plano B da cervejaria, caso fracasse a compra da dona da Budweiser.

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Por isso, o banco afirma que o negócio representaria os momentos finais da consolidação da indústria cervejeira mundial. Assim como em outros ramos da indústria de bens de consumo, "o mercado global seria dividido entre um punhado de operadores mundiais". Os analistas lembram que, no mercado de bebidas não-alcóolicas, os quatro maiores players detêm 80% de participação. Enquanto isso, no ramo de cervejas, os quatro líderes possuem cerca de 40%.

Em relatório divulgado no início do mês - antes, portanto, da divulgação dos termos da oferta -, o Lehman Brothers afirma que a fusão seria positiva para a InBev, que passaria a contar com uma operação bem equilibrada entre países desenvolvidos e mercados emergentes. A América do Norte passaria a responder por 28% da capacidade instalada, ligeiramente atrás da América Latina, com 29%.

No caso dos lucros, a situação se inverteria. A América do Norte teria potencial para contribuir com 38% dos ganhos da companhia, ante 37% da América Latina. Em seguida, viria a Europa Ocidental, com 11%.

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