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Coca diz que 2015 será um ano desafiador

Busca por bebidas mais saudáveis e câmbio fraco são alguns dos desafios enfrentados pela gigante americana

Coca-Cola: busca por bebidas mais saudáveis e câmbio fraco são alguns dos desafios enfrentados pela gigante (Remy Gabalda/AFP)

Karin Salomão

Publicado em 10 de fevereiro de 2015 às 15h41.

São Paulo - Para a Coca-Cola , 2015 será um ano desafiador, afirmou a diretora financeira Kathy Waller ao Wall Street Journal, logo após a divulgação dos resultados de 2014.

Busca por bebidas mais saudáveis e câmbio fraco são alguns dos desafios enfrentados pela gigante americana.

O lucro da empresa de bebidas caiu 55% no quarto trimestre, para US$ 770 milhões no quarto trimestre de 2014, significativamente menor que o ganho de US$ 1,71 bilhão registrado em igual período do ano anterior.

O crescimento das vendas, em volume, também foi tímido, de apenas 1% no último trimestre ante um ano antes.

As previsões para 2015 tampouco são otimistas. “Continuaremos a ter um cenário macroeconômico desafiador. Não vemos uma melhora significativa”, disse Waller. Ela afirma que a companhia espera retorno do crescimento apenas em 2016.

Já o chairman e CEO afirmou, em conferência, que a empresa continua focada em crescimento. “Vemos o ano de 2015 como um ano de transição, já que os benefícios e resultados das medidas anunciadas levarão tempo para se materializar no cenário macroeconômico incerto e volátil”.

A queda na venda de bebidas gasosas, por uma conscientização maior sobre a saúde, prejudica diversas companhias, não apenas a Coca-Cola. No entanto, esse declínio é especialmente impactante para a Coca pois 60% de seu lucro vem da venda de refrigerantes.

Além disso, a bebida que é o carro-chefe da empresa está perdendo popularidade entre os jovens.

Martin Lindstrom, um consultor de marcas e marketing, afirmou ao New York Times que a idade média dos consumidores de Coca-Cola é de 56 anos. “Eles acham que se parecem como jovens quando bebem Coca, mas jovens estão se voltando para alternativas como energéticos”.

Red Bull e Monster, por exemplo, estão ganhando mais consumidores entre as gerações mais novas.

Outro motivo para a queda nos números de 2014 é o câmbio fraco. O balanço da empresa é apresentado em dólares, mas a grande parte dos ganhos vem de fora dos Estados Unidos.

No primeiro trimestre do ano, a companhia perdeu US$ 247 milhões por conta da mudança de câmbio na Venezuela, segundo a Forbes. Além disso, a Coca-Cola também precisou rever o valor de seus ativos e a parceria com uma empresa de envase no país latino-americano.

Soluções

Para enfrentar esses obstáculos, a fabricante dos sucos Minute Maid e da Sprite está cortando custos e redirecionando investimentos.

Globalmente, irá cortar de 1.600 a 1.800 vagas administrativas, como parte de um plano para economizar US$ 3 bilhões.
A reestruturação elimina processos burocráticos em escritórios de Hong Kong, Istambul, Londres, Cidade do México e Atlanta, segundo o Wall Street Journal.

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São Paulo - Para a Coca-Cola , 2015 será um ano desafiador, afirmou a diretora financeira Kathy Waller ao Wall Street Journal, logo após a divulgação dos resultados de 2014.

Busca por bebidas mais saudáveis e câmbio fraco são alguns dos desafios enfrentados pela gigante americana.

O lucro da empresa de bebidas caiu 55% no quarto trimestre, para US$ 770 milhões no quarto trimestre de 2014, significativamente menor que o ganho de US$ 1,71 bilhão registrado em igual período do ano anterior.

O crescimento das vendas, em volume, também foi tímido, de apenas 1% no último trimestre ante um ano antes.

As previsões para 2015 tampouco são otimistas. “Continuaremos a ter um cenário macroeconômico desafiador. Não vemos uma melhora significativa”, disse Waller. Ela afirma que a companhia espera retorno do crescimento apenas em 2016.

Já o chairman e CEO afirmou, em conferência, que a empresa continua focada em crescimento. “Vemos o ano de 2015 como um ano de transição, já que os benefícios e resultados das medidas anunciadas levarão tempo para se materializar no cenário macroeconômico incerto e volátil”.

A queda na venda de bebidas gasosas, por uma conscientização maior sobre a saúde, prejudica diversas companhias, não apenas a Coca-Cola. No entanto, esse declínio é especialmente impactante para a Coca pois 60% de seu lucro vem da venda de refrigerantes.

Além disso, a bebida que é o carro-chefe da empresa está perdendo popularidade entre os jovens.

Martin Lindstrom, um consultor de marcas e marketing, afirmou ao New York Times que a idade média dos consumidores de Coca-Cola é de 56 anos. “Eles acham que se parecem como jovens quando bebem Coca, mas jovens estão se voltando para alternativas como energéticos”.

Red Bull e Monster, por exemplo, estão ganhando mais consumidores entre as gerações mais novas.

Outro motivo para a queda nos números de 2014 é o câmbio fraco. O balanço da empresa é apresentado em dólares, mas a grande parte dos ganhos vem de fora dos Estados Unidos.

No primeiro trimestre do ano, a companhia perdeu US$ 247 milhões por conta da mudança de câmbio na Venezuela, segundo a Forbes. Além disso, a Coca-Cola também precisou rever o valor de seus ativos e a parceria com uma empresa de envase no país latino-americano.

Soluções

Para enfrentar esses obstáculos, a fabricante dos sucos Minute Maid e da Sprite está cortando custos e redirecionando investimentos.

Globalmente, irá cortar de 1.600 a 1.800 vagas administrativas, como parte de um plano para economizar US$ 3 bilhões.
A reestruturação elimina processos burocráticos em escritórios de Hong Kong, Istambul, Londres, Cidade do México e Atlanta, segundo o Wall Street Journal.

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