Negócios

Citrosuco e Citrovita formam gigante global de suco de laranja

Negócio ainda precisa passar pela aperovação do Cade

Empresa resultante da fusão terá 25% de participação no mercado global (.)

Empresa resultante da fusão terá 25% de participação no mercado global (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.

São Paulo - A Citrosuco e a Citrovita anunciaram nesta sexta-feira a fusão das empresas, formando a maior produtora mundial de suco de laranja, com participação no mercado global de 25 por cento e vendas anuais de 2 bilhões de reais, superando a então líder Cutrale.

Os termos financeiros da transação não foram divulgados, apenas que os atuais controladores das companhias - grupos Fischer e Votorantim, respectivamente - terão 50 por cento cada na empresa combinada.

Os presidentes da Citrosuco, Tales Lemos Cubero, e da Citrovita, Mário Bavaresco Júnior, disseram que a nova empresa terá seis fábricas no país, basicamente no Estado de São Paulo, e uma nos Estados Unidos, na Flórida, além de oito terminais portuários --dois no Brasil e seis no exterior-- e oito navios entre embarcações próprias e alugadas.

O Brasil é o maior exportador mundial de suco de laranja, respondendo por aproximadamente 80 por cento do mercado.

"Essa empresa (combinada) tem capacidade de processar acima de 40 a 50 por cento de uma safra total brasileira de laranja. Dependendo da safra, pode ser de 150 milhões a 160 milhões de caixas, ou 600 mil toneladas de suco", afirmou Cubero em teleconferência com jornalistas.

A nova companhia ainda não tem nome definido e o negócio ainda precisa passar pelo crivo do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
 


Os executivos minimizaram as chances de o Cade impor restrições à união, enfatizando que se trata da formação de um grande grupo brasileiro com escala para competir globalmente.
A Citrosuco já é, atualmente, a segunda maior exportadora de suco de laranja do mundo, e a empresa combinada ocupará o primeiro lugar global em capacidade de produção e exportação do produto, conforme os executivos.

O Grupo Fischer contou com assessoria financeira do banco europeu de investimentos Rothschild, enquanto a Votorantim teve apoio da consultoria McKinsey.

Não há, no momento, planos de abertura de capital da empresa combinada.
A companhia resultante da fusão terá cerca de 6 mil funcionários, ultrapassando 10 mil colaboradores em período de safra.

Bavaresco Júnior não forneceu estimativas de sinergias pela combinação dos ativos, afirmando que um grupo de trabalho independente está sendo formado para definir as etapas de integração dos negócios.
 


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