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Chuvas em SC vão prejudicar exportações da Sadia e Perdigão

Para a Fator, empresas terão de redirecionar cerca de R$ 1,3 bi em exportações

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

As chuvas que castigam o Estado de Santa Catarina vão prejudicar as exportações da Sadia e da Perdigão, avaliam analistas do Banco Fator. Para eles, o escoamento da produção - realizado, sobretudo, pelo porto de Itajaí, região intensamente atingida - estará prejudicado em função dos danos causados pelo volume de água. Ambas fazem uso do porto.

O diretor executivo do porto, Marcelo Salles, informou nesta sexta-feira a representantes da Federação das Indústrias de Santa Catarina que a recuperação completa do porto levará cerca de um ano. A expectativa é que a movimentação parcial do porto seja retomada na próxima quarta-feira. Nos dez primeiros meses deste ano, o porto movimento 10,2 bilhões de dólares em cargas.

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"Acreditamos que a notícia deverá ter um impacto negativo sobre as operações de exportação em curso da Perdigão e da Sadia, que terão de ser redirecionadas para novos portos e podem sofrer atrasos na navegação, além de aumentos nos custos de armazenagem e logística", dizem analistas. Porém, eles mantêm a recomendação de manutenção para as ações da Sadia e de atraente para os papéis da Perdigão.

O porto de Itajaí é o maior exportador de cargas congeladas e refrigeradoras, e o terceiro maior em armazenagem do Brasil, de acordo com o Fator. Em 2007, a Sadia exportou 39% de sua produção pelo porto. A Perdigão despachou entre 45% e 55% da carga por lá, estima o banco. A corretora acredita que a Perdigão terá de redirecionar 127 mil toneladas de exportações que faria pelo porto, ou o equivalente a 727 milhões de reais. Já a Sadia terá de encontrar outro caminho para mandar para o exterior 106 mil toneladas de produtos, ou 594 milhões de reais.

É bastante provável que esse redirecionamento aumente os custos de logística das duas empresas - e encolha as margens de lucro da operação. A interrupção das estradas também pode dificultar a obtenção de meios alternativos de exportação. "Acreditamos que as melhores opções para o redirecionamento das exportações são os portos de Paranaguá e Antonina [ambos no Paraná] e o de São Francisco do Sul [em Santa Catarina]."

Segundo o Fator, os problemas devem ser só de logística, já que as empresas já afirmaram que, até o momento, suas respectivas produções não foram afetadas pelas chuvas, pois estão localizadas no interior catarinense.

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