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Cervejas "tubaína" dominam 5,2% do mercado brasileiro

Você certamente acompanhou o avanço das tubaínas nos últimos anos. Agora o mesmo fenômeno parece despontar entre as fabricantes de cerveja espalhadas pelo país. Elas ainda não causam um terço da dor de cabeça para os executivos responsáveis pelas grandes marcas em comparação à que as tubaineiras, cuja participação é de 30% do mercado nacional […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

Você certamente acompanhou o avanço das tubaínas nos últimos anos. Agora o mesmo fenômeno parece despontar entre as fabricantes de cerveja espalhadas pelo país. Elas ainda não causam um terço da dor de cabeça para os executivos responsáveis pelas grandes marcas em comparação à que as tubaineiras, cuja participação é de 30% do mercado nacional estimado em 10 bilhões de reais, provocam em líderes como a Coca-Cola. Mas a participação de mercado das pequenas vem crescendo ano a ano. Em 2001, elas representavam 3,5% do volume de acordo com os dados da ACNielsen. Em agosto deste ano, chegou a 5,2% do mercado. Atualmente há cerca de 50 cervejarias no Brasil, segundo estimativas da Sindicerv, o Sindicato das Fabricantes de Cerveja. "O mercado brasileiro de cervejas é um dos poucos no mundo que ainda apresenta potencial de crescimento", diz Marcos Mesquita, presidente da Sindicerv. "Isso atrai tanto novos concorrentes nacionais quanto investimentos estrangeiros."

Alguns dos novos concorrentes nacionais são as próprias fábricas de tubaína. É o caso da Convenção, baseada em Itu, que faturou 20 milhões de reais no ano passado. Na gôndola de refrigerantes, a Convenção só está atrás de três marcas de primeira linha -- Coca-Cola, Guaraná e Fanta, nessa ordem. Animado com o sucesso e interessado em aumentar o potencial de distribuição da marca, Geraldo Cardoso Guitti, dono e diretor da empresa, decidiu lançar a cerveja Guitts no ano passado. "Ainda representa pouco dentro do nosso mix", diz Guitti. "Mas estamos otimistas." A Guitts chega ao mercado a um preço até 30% inferior às líderes.

Há um time de novas marcas, no entanto, cujo apelo não é o preço. São bebidas premium, pelas quais os consumidores desembolsam um pouco.

É o caso das marcas Crystal e Itaipava, da Petrópolis, cujo dono é o paulista Válter Faria, ex-distribuidor da Schincariol. Até as grandes empresas estão tirando proveito desse novo nicho e cuidando do lançamento de marcas premium, que terão uma participação de mercado pequena, mas uma margem de lucro generosa. Um bom exemplo é a Bohemia, a marca que mais cresce na AmBev. O sabor é mais encorpado e o preço cerca de 20% superior às demais, como Brahma e Antarctica. A Bohemia alcançou 2% de participação de mercado em agosto deste ano, de acordo com um levantamento da ACNielsen.

A
evolução do mercado de cerveja brasileiro nos últimos
cinco anos
Em milhões de reais
19979,4
199810,6
199910,7
200010,8
200112,4

Em
milhões de litros
199744
199847,6
199947,8
200047,5
200151,8
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