CEO da TIM dá indicação clara de que considera comprar ativos da Oi
A Oi considera vender sua operação móvel se receber ofertas atraentes
Reuters
Publicado em 29 de outubro de 2019 às 14h43.
Última atualização em 30 de outubro de 2019 às 11h08.
São Paulo — A TIM considerará a compra de ativos da rival Oi se eles forem colocados à venda, disse o presidente-executivo da TIM, Pietro Labriola nesta terça-feira.
"Sendo o presidente-executivo de uma operadora de capital aberto, tenho o dever de verificar se isso cria valor para meus acionistas, assim que frequências ou backhauls (redes de infraestrutura) são disponibilizados", disse Labriola a repórteres na Futurecom, evento da área de telecomunicações.
Foi a indicação pública mais clara de que a TIM, da italiana Telecom Italia, está considerando o negócio.
Atualmente, a Tim é a terceira maior operadora de telefonia móvel do Brasil, e a compra da operação móvel da Oi permitiria ganhar participação vital de mercado e propriedade de frequências, expandindo sua cobertura.
A espanhola Telefónica e a mexicana América Móvil, por meio da subsidiária local Claro, também estão interessadas, publicou a Reuters.
O vice-presidente de operações da Oi, Rodrigo Abreu, disse que a operadora consideraria vender sua operação móvel se receber ofertas atraentes.
Em outra frente, Labriola disse que é cedo para especular sobre as regras do leilão de espectro 5G do Brasil, já que a Anatel ainda está realizando testes de interferência em outros serviços. A licitação está prevista para março de 2020, mas a agência avalia adiá-la para o segundo trimestre do próximo ano.
"É problemático se isso acontecer amanhã com regras que não beneficiam a indústria ou o país ... eu ficaria mais feliz se isso acontecer mais tarde, mas com as regras certas que garantam o retorno do nosso investimento", disse Labriola.