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CCDI vende torre de escritórios no Rio por R$ 247 milhões

Primeira torre havia sido vendida para investidores internacionais por R$ 422 milhões

Diretor da CCDI diz que há carência de escritórios e alto padrão no Rio

Diretor da CCDI diz que há carência de escritórios e alto padrão no Rio

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

São Paulo - A Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário (CCDI) anunciou nesta quarta-feira (23/12) a venda da sua participação na Projeto Rio, empresa que desenvolve a segunda fase do empreendimento Ventura Corporate Towers, edifício comercial de alto padrão no Rio de Janeiro. O valor total da operação foi de 247 milhões de reais, sendo que a CCDI receberá 211 milhões de reais pela venda da sua participação de 50% no projeto.

A BTS, empresa que adquiriu a parcela da CCDI no negócio, será responsável pelos investimentos necessários para a conclusão do projeto, orçados em R$36 milhões. A previsão é que a segunda fase do empreendimento fique pronta em junho de 2010. A primeira das duas torres foi vendida em janeiro deste ano para investidores internacionais, por R$ 422 milhões.

Para Francisco Sciarotta, diretor-superindente da CCDI, o sucesso na venda das torres decorre da escassez de escritórios de alto padrão na capital fluminense. Juntas, as duas torres oferecerão 105 mil metros quadrados de área locável de escritórios e varejo.

Melhores resultados

De acordo com os analistas da corretora Fator, a notícia é positiva, embora já era esperada pelo mercado, e deve beneficiar os papéis da construtora. Entretanto, este impacto terá menos intensidade, pois a compra foi realizada pela controladora do grupo Camargo Correa e não pelo mercado.
 

A venda do Ventura fortalece a posição de caixa da CCDI e deve melhorar o resultado da companhia no quarto trimestre de 2009, pois os empreendimentos comerciais tem margem mais alta (margem bruta de cerca de 50%).
 

O principal desafio da empresa, para a corretor é retomar o crescimento com projetos saudáveis e com rentabilidade. "Os principais riscos da CCDI são o alto nível de estoques, a velocidade de vendas abaixo da média do setor no segmento de média renda e a concentração de projetos com lançamentos no quarto trimestre do ano", diz o relatório dos analistas.

A corretora mantém sua recomendação de "não atraente" para as ações da CCDI, estabelecendo um preço alvo de 7,00 reais para o mês de dezembro. Às 13h34, as ações da CCDI (CCIM3) operavam em queda de 0,86%, negociadas a 5,75 reais. 

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