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Cade adia decisão sobre oferta de maquininha da Rede com conta no Itaú

Órgão antitruste decide se a prática de oferecer melhores condições para os clientes afeta a concorrência e impede novos entrantes

Itaú: a pauta voltará a ser apreciada na semana que vem (Exame - Germano Lüders/Exame)

Itaú: a pauta voltará a ser apreciada na semana que vem (Exame - Germano Lüders/Exame)

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Natália Flach

Publicado em 13 de novembro de 2019 às 15h58.

Última atualização em 13 de novembro de 2019 às 15h59.

São Paulo - Foi suspensa a pauta relacionada às práticas da adquirente Rede de oferecer melhores condições para os clientes que, além das maquininhas, têm conta no Itaú Unibanco pelo Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O motivo é que a conselheira Paula Farini pediu vistas do processo nesta quarta-feira (13). Procurado, o Itaú não quis comentar o adiamento.

Com isso, a pauta só será apreciada na semana que vem. Nesse ínterim, a Rede poderá continuar com a estratégia adotada em maio. Naquele momento, a credenciadora balançou o mercado de adquirência ao zerar as taxas cobradas dos lojistas para antecipar os pagamentos (recebíveis) referentes a compras com cartão de crédito. Também passou a pagá-los em até dois dias, e não mais em 30, desde que fossem correntistas do Itaú ou do Tribanco (medida essas questionadas pelo Cade).

No fim de outubro, o Cade tinha determinado preventivamente que a Rede pare de exigir que seus clientes tenham conta bancária no Itaú para realizar a antecipação de pagamentos. Determinação essa que está suspensa.

"Se um cliente quiser antecipar recebíveis, pode vir ao Itaú. Se quiser abrir conta conosco, pode vir. Nós montamos uma estratégia especial para quem quer fazer os dois. Isso é normal, todo mundo faz esse tipo de oferta comercial", comenta Candido Bracher, presidente do Itaú, em entrevista à imprensa, no início de novembro, sobre os resultados do banco.

 

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