Exame Logo

Brinquedos prometem o melhor Natal dos últimos cinco anos

Produtos fabricados no país representam 82% das vendas no setor

EXAME.com (EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

A indústria brasileira de brinquedos trabalha com perspectivas positivas neste final de ano: as vendas para o Dia da Criança estão 6% superiores às de 2001 e, para o Natal, o prognóstico é de crescimento de 12%. "Se a previsão se confirmar vamos ter o melhor desempenho dos últimos anos", diz Synesio Batista da Costa, presidente da Abrinq, a associação que reúne os fabricantes de brinquedos.

O principal fator que está contribuindo para esse desempenho do setor é o mesmo que tem sido uma dor de cabeça para outros setores da economia -- a alta do dólar. Com a moeda americana sobrevalorizada, os produtos importados estão mais do que nunca em baixa no mercado. "A concorrência com os importados está sendo tomar doce de criança", diz Costa. Com essas condições favoráveis, a proporção de produtos brasileiros no total da venda de brinquedos deve alcançar neste ano 82% do mercado, contra 80% em 2001. A fatia dos importados cai de 15% para 13%, e o contrabando mantém-se em 5%.

Veja também

As cerca de 330 empresas do setor de brinquedos fizeram cerca de 800 lançamentos e investiram 35 milhões de reais em publicidade nas duas semanas anteriores ao Dia da Criança. O pacote reservado para o Natal é de mais 400 brinquedos novos, apoiados por uma verba de propaganda de 40 milhões de reais.

Apesar dos números positivos, a vida do setor não tem sido fácil, afirma Costa: "Os lojistas retardaram até o último momento as encomendas". Normalmente, os negócios são fechados em julho. Neste ano, com a incerteza do quadro político-econômico prévio à eleição, o varejo postergou por 45 dias as encomendas. Além do estresse dos negócios não fechados, esse retardo representou, de acordo com Costa, uma forte pressão para impedir o repasse de custos. "Hoje, o setor trabalha com uma defasagem de 16% nos preços", diz ele. Para o consumidor final, os preços estariam em média 4% inferiores aos de 2001, considerando uma cesta de produtos acompanhada pela Fipe, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômica, da USP. Essa diferença seria outro fator de estímulo para as vendas num final de ano complicado.

Mesmo com um Natal gordo, o faturamento total da indústria de brinquedos neste ano, estimado em 970 milhões de reais, 5% superior ao de 2001, ficará abaixo do que o setor esperava realizar. No início de 2002, a expectativa era obter um crescimento de 8%, mas, segundo avaliação da Abrinq, o fraco desempenho no primeiro trimestre comprometeu essa possibilidade.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame