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Brasil vira plataforma de exportações para a GM

O Brasil transformou-se em uma plataforma mundial de exportações para a General Motors. Responsável pelo início das exportações brasileiras da empresa para a Ásia e África na década de 90, o vice-presidente mundial, Mark Hogan, afirmou, nessa sexta-feira (20/2), que os fornecedores brasileiros da GM apresentam condições e competitividade para vender em todo o mundo. […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

O Brasil transformou-se em uma plataforma mundial de exportações para a General Motors. Responsável pelo início das exportações brasileiras da empresa para a Ásia e África na década de 90, o vice-presidente mundial, Mark Hogan, afirmou, nessa sexta-feira (20/2), que os fornecedores brasileiros da GM apresentam condições e competitividade para vender em todo o mundo. Segundo Hogan, a expectativa para 2004 é ver os parceiros exportando 200 milhões de dólares. Em 2003, esse volume foi de 140 milhões de dólares.

O crescimento nas vendas externas dos sistemistas (empresas que fornecem peças e componentes para a GM) chega a ser maior que a projeção feita para as exportações dos carros da própria montadora. No ano passado, 30% do faturamento da GM - cerca de 1,2 bilhão de dólares - partiram das exportações de carros como o Celta, fabricado na unidade de Gravataí. Para 2004, esse número deve chegar a 1,3 bilhão de dólares.

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O foco nas exportações reflete a estratégia da General Motors em otimizar a estrutura montada no país. Sem previsões otimistas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), para a queda no desemprego e para o aumento do poder de compra do brasileiro, a saída foi mirar no mercado externo.

Apesar de se unir ao discurso das federações e associações industriais e comerciais a respeito da "alta taxa de juros" no Brasil, Hogan não se mostra desesperançoso com o mercado interno. Ele acredita na solidificação da economia e diz que o segredo para o mercado interno crescer está no fortalecimento da classe média. "Por isso os juros têm que ser mais baixos." O vice-presidente da GM, entretanto, evita traçar previsões de quando o mercado brasileiro alcançará o patamar de 2 milhões de carros. Quando dirigiu a GM do Brasil entre 1992 e 1997, Hogan chegou a apostar que o mercado já teria chegado a esse patamar. Mas 2003 fechou com um total de 1,82 milhão de veículos fabricados.

Quanto ao uso da Internet na venda de veículos, o vice-presidente da GM mostrou-se bastante otimista. O portal da GM - no qual o consumidor pode "montar" o seu carro, escolhendo cor, potência, combustível, opcionais - é responsável por 80% das vendas do Celta. O uso da rede mundial permite a construção de um banco de dados sobre o cliente e sobre a demanda que proporciona a redução substancial de estoques e de custos de processo.

Além de uma agenda profissional, Hogan veio ao Brasil para atender a um de seus compromissos anuais e irrevogáveis: tocar tamborim na Portela, no carnaval do Rio. Apesar de ter nascido em Chicago, onde o ritmo do jazz é o mais corrente, o americano não faz feio no sambódromo. Até porque ele já se tornou um veterano: há 10 anos, o executivo veste a fantasia da ala de percussão.

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