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Brasil tem maior receita por loja do Carrefour

Cada loja brasileira registrou vendas líquidas de pouco mais de 45 milhões de euros no ano passado

Cliente escolhe frutas em um supermercado do Carrefour em São Paulo: balanço anual mostrou que a desvalorização do real afetou o resultado da filial brasileira (Paulo Fridman/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de março de 2014 às 11h21.

Londres - O real mais fraco reduziu o faturamento em euros do Carrefour no Brasil em 3,7% no ano passado. Mesmo assim, a filial segue como a segunda principal fonte de faturamento da varejista - atrás apenas da sede francesa - e o Brasil carrega o título de maior receita por loja de todo o grupo. De acordo com o balanço divulgado em Paris, cada loja brasileira registrou vendas líquidas de pouco mais de 45 milhões de euros no ano passado, mais que o dobro do visto na China, o segundo melhor resultado por loja no mundo.

Balanço anual do Carrefour mostrou que a desvalorização do real afetou o resultado da filial brasileira. Em 2013, as vendas líquidas no País somaram 10,855 bilhões de euros. A cifra é 3,7% menor que a observada em 2012. O resultado brasileiro acabou afetando negativamente o desempenho da América Latina que terminou o ano com queda no faturamento de 2,7%. Sem a variação cambial, as vendas líquidas teriam crescido 13% na região.

Mesmo com os números pressionados pela desvalorização do real, o Brasil ainda oferece números importantes para o Carrefour. Em 2013, a subsidiária brasileira respondeu por 14,5% da receita líquida de todo o grupo. A cifra dá uma confortável posição de segundo maior faturamento do grupo, bem à frente da Espanha (10,4% das vendas líquidas) e China (6,7%) que ocupam, respectivamente, a terceira e quarta posição de filiais mais importantes em termos de receita.

Outro dado em que o Brasil aparece bem é o faturamento por loja. O País conta atualmente com 241 lojas com as bandeiras do Carrefour, o que faz com que, na média, cada loja tenha gerado vendas líquidas de 45,04 milhões de euros no ano passado. O resultado é 113% maior que o registrado na China, onde a receita líquida por loja ficou em 21,14 milhões de euros no ano passado. Na França, as vendas líquidas por loja somaram 7,42 milhões de euros.

Há, porém, uma explicação para esse indicador tão exuberante no Brasil: o Carrefour ainda é muito focado em hipermercados no País. Assim, na média, as lojas brasileiras são maiores. Segundo a empresa, são 200 hipermercados e 41 supermercados no Brasil. O quadro é bem parecido na China, onde todas as 236 filiais são hipermercados. A situação é completamente diferente na França, onde as lojas de conveniência prevalecem e são quase 3,5 mil unidades desse tipo. No país sede há também 234 hipermercados e 949 supermercados. Por isso, o faturamento médio é menor na França e outros países europeus que contam com perfil parecido.

Durante a apresentação dos resultados em Paris, o presidente do grupo, Georges Plassat, anunciou que o grupo pode realizar uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da filial brasileira em 2015. Outra opção seria uma injeção de capital por um parceiro local. "Queremos estar prontos no fim de 2014 para que possamos começar a pensar sobre a janela para lançamento em 2015", disse Plassat durante teleconferência de apresentação do balanço anual da empresa. Segundo o executivo, o Carrefour não tem necessidade de capital no Brasil, mas a presença de acionistas locais fortaleceria a empresa e a ajudaria a crescer no País.

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Londres - O real mais fraco reduziu o faturamento em euros do Carrefour no Brasil em 3,7% no ano passado. Mesmo assim, a filial segue como a segunda principal fonte de faturamento da varejista - atrás apenas da sede francesa - e o Brasil carrega o título de maior receita por loja de todo o grupo. De acordo com o balanço divulgado em Paris, cada loja brasileira registrou vendas líquidas de pouco mais de 45 milhões de euros no ano passado, mais que o dobro do visto na China, o segundo melhor resultado por loja no mundo.

Balanço anual do Carrefour mostrou que a desvalorização do real afetou o resultado da filial brasileira. Em 2013, as vendas líquidas no País somaram 10,855 bilhões de euros. A cifra é 3,7% menor que a observada em 2012. O resultado brasileiro acabou afetando negativamente o desempenho da América Latina que terminou o ano com queda no faturamento de 2,7%. Sem a variação cambial, as vendas líquidas teriam crescido 13% na região.

Mesmo com os números pressionados pela desvalorização do real, o Brasil ainda oferece números importantes para o Carrefour. Em 2013, a subsidiária brasileira respondeu por 14,5% da receita líquida de todo o grupo. A cifra dá uma confortável posição de segundo maior faturamento do grupo, bem à frente da Espanha (10,4% das vendas líquidas) e China (6,7%) que ocupam, respectivamente, a terceira e quarta posição de filiais mais importantes em termos de receita.

Outro dado em que o Brasil aparece bem é o faturamento por loja. O País conta atualmente com 241 lojas com as bandeiras do Carrefour, o que faz com que, na média, cada loja tenha gerado vendas líquidas de 45,04 milhões de euros no ano passado. O resultado é 113% maior que o registrado na China, onde a receita líquida por loja ficou em 21,14 milhões de euros no ano passado. Na França, as vendas líquidas por loja somaram 7,42 milhões de euros.

Há, porém, uma explicação para esse indicador tão exuberante no Brasil: o Carrefour ainda é muito focado em hipermercados no País. Assim, na média, as lojas brasileiras são maiores. Segundo a empresa, são 200 hipermercados e 41 supermercados no Brasil. O quadro é bem parecido na China, onde todas as 236 filiais são hipermercados. A situação é completamente diferente na França, onde as lojas de conveniência prevalecem e são quase 3,5 mil unidades desse tipo. No país sede há também 234 hipermercados e 949 supermercados. Por isso, o faturamento médio é menor na França e outros países europeus que contam com perfil parecido.

Durante a apresentação dos resultados em Paris, o presidente do grupo, Georges Plassat, anunciou que o grupo pode realizar uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da filial brasileira em 2015. Outra opção seria uma injeção de capital por um parceiro local. "Queremos estar prontos no fim de 2014 para que possamos começar a pensar sobre a janela para lançamento em 2015", disse Plassat durante teleconferência de apresentação do balanço anual da empresa. Segundo o executivo, o Carrefour não tem necessidade de capital no Brasil, mas a presença de acionistas locais fortaleceria a empresa e a ajudaria a crescer no País.

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