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Brasil investepara exportar macarrão

Convênio da associação de produtores com Apex vai buscar inserção organizada do macarrão brasileiro em países como Venezuela, o segundo maior mercado consumidor do mundo

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h41.

As fabricantes brasileiras de macarrão resolveram investir em uma estratégia de inserção consistente no mercado internacional. O Brasil já é o terceiro maior produtor de macarrão do mundo, com 1 milhão de toneladas anuais, atrás da Itália, com 3 milhões, e Estados Unidos, com 1,165 milhão. Mas as vendas brasileiras para o exterior ainda são insignificantes: cerca de 0,9% da produção No ano passado, as exportações do setor cresceram 213%, para 6,3 milhões de dólares. Este ano, a projeção da Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias (Abima) é um crescimento de 35%, para 8,6 milhões de dólares.

Para acelerar esse avanço e abrir novos mercados, a Abima firmou nesta segunda-feira (18/7) um convênio com a Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Pelo acordo, nove das 54 associadas da Abima (#tabela) estabeleceram como meta vender, nos próximos 12 meses, 8 mil toneladas para novos mercados, faturando 5,7 milhões de dólares. Do grupo de fabricantes que inicia o projeto, só duas já vendem para fora, com o que obtiveram no ano passado receitas de 2,2 milhões de dólares.

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Os mercados-alvo são Portugal, Angola, Moçambique, Panamá, República Dominicana, Uruguai, Paraguai, Venezuela e Estados Unidos (especialmente o estado da Flórida). "A Venezuela é o segundo maior consumidor per capita de macarrão do mundo, atrás apenas da Itália", diz Juan Quirós, presidente da Apex. "Mas os venezuelanos não conhecem o macarrão brasileiro." Para que estes e outros consumidores passem a conhecê-lo, a Apex vai colaborar expondo o macarrão do Brasil em feiras internacionais, investindo em capacitação logística e acompanhamento dos concorrentes e diagnóstico de barreiras tarifárias.

A iniciativa do setor tem a ver com os riscos embutidos com abertura comercial. Segundo Eliane Kay, presidente da Abima, a Itália impôs à União Européia, como condição para aceitar o pacto com o Mercosul, a abertura total e imediata do mercado para massas alimentícias. "A melhor forma de se preparar para um cenário como esse é lutando pelo mercado internacional", diz Eliane. A Itália exporta metade de sua produção, 1,5 milão de toneladas por ano.

Em busca de novos mercados para o macarrão brasileiro
Empresas que participam do convênio Abima-Apex
Empresas
Marcas
Caiubi
Periquita
Domingos Costa
Vilma
Emege
Emege
Germani
Germani e Coroa
J.Macêdo
Dona Benta e Petybom
Moinho de Trigo Arapongas
Floriani
Moinho Santa Lúcia
Predileto
Selmi
Renata e Galo
Reimassas
Reimassas
Fonte: Abima e Apex
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