Brasil deve ser responsável por 800 aviões no longo prazo, avalia Boeing
Apesar do baque que a indústria de aviação sofreu depois do atentado de 11 de setembro, no ano passado, a Boeing traça uma estimativa otimista para a América Latina no longo prazo. Segundo a empresa, nos próximos anos, a demanda deve ser de cerca de 2.100 jatos, o que equivale a 107 bilhões de dólares. […]
Da Redação
Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.
Apesar do baque que a indústria de aviação sofreu depois do atentado de 11 de setembro, no ano passado, a Boeing traça uma estimativa otimista para a América Latina no longo prazo. Segundo a empresa, nos próximos anos, a demanda deve ser de cerca de 2.100 jatos, o que equivale a 107 bilhões de dólares.
Nesse cenário, o Brasil deve responder por 800 aviões, o que equivale a investimentos de 41 bilhões de dólares. Dos mais de 2.000 aeronaves, 90% devem ser jatos regionais, de pequeno porte.
Segundo John Wojick, vicer-presidente de vendas para a América Latina, as companhias aéreas devem começar a se recuperar entre o final de 2003 e o início de 2004. "Nos anos seguintes elas devem voltar a registrar lucro e a retomar, então, os pedidos de aeronaves", diz.
Para chegar a essas estimativas, a Boeing estimou que o PIB brasileiro deve registrar aumento médio de 1,5% nos próximos cinco anos e, a partir de então, um crescimento de 3,5%. "Desde os anos 90, o tráfego aéreo na América Latina tem crescido quase duas vezes mais que o PIB da regiâo", afirmou Wojick.
De acordo com o executivo, hoje, dois terços das aeronaves compradas na região são adquiridas por meio de contratos de leasing. Esse percentual deve ser mantido.
A Boeing, que hoje tem como seus clientes no Brasil a Varig e a Gol, agora tenta também vender aeronaves para a TAM, que procura substituir os modelos Fokker 100.
Perguntado se Boeing estuda aceitar uma participação acionária na Varig, como forma de pagamento aos débitos que a empresa brasileira possui com a companhia norte-americana, Wojick descartou essa possibilidade.
A Boeing é um dos maiores credores da Varig, que acumula uma dívida de cerca de 900 milhões de dólares.